THIAGO POSPICHIL MARQUES
Trilhando uma carreira de sucesso
INTENSO. ESSA É A DEFINIÇÃO DE THIAGO
POSPICHIL MARQUES PARA EXPLICAR SEU
ESTILO. COM UMA RICA EXPERIÊNCIA NA
MÚSICA ELETRÔNICA, ATUANDO TAMBÉM EM DIFERENTES GÊNEROS, THIAGO VEM
CONQUISTANDO CADA VEZ MAIS SEU ESPAÇO TRILHANDO UMA CARREIRA DE SUCESSO.
*Por Heloísa Godoy Fagundes
https://www.instagram.com/heloisagodoyfagundes/
http://digital.maven.com.br/pub/revistakeyboard/?flip=acervo
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Natural
de Porto Alegre, Thiago
Pospichil Marques é tecladista, compositor, professor e
produtor musical, formado em Música pelo Centro Universitário Metodista - IPA.
O
interesse pelas teclas surgiu com um
pequeno pianinho de brinquedo, que o levou ao estudo do órgão elétrico aos 5
anos de idade.
Como toda criança curiosa, começou a testar timbres e
acompanhamentos - um resultado que surpreendeu até mesmo sua professora. Aos 13
anos, já dava os primeiros passos ao formar uma
banda com os amigos. Desde lá já
entendia que queria fazer daquilo, um dia, sua profissão.
A
partir de então, Thiago dedicou-se ao aprimoramento de seu talento, realizando
aulas com Nilson Ferreira e Alexandre
Massena, dois grandes pianistas. Seu currículo
ainda conta com cursos ligados à teclados, sintetizadores,
produção e teoria musical, dentre eles o “Música e Tecnologia”, curso de
extensão universitária ministrado pelo Departamento de Música Eletrônica da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do
Sul) e o “Introduction to Music Production” Berklee College of
Music/Cousera.
Sua primeira experiência em estúdio e gravando um
álbum, foi aos 16 anos com a banda
P49, que estava preparando seu disco de
estreia chamado “O Verbo”.
Seu
talento chamou a atenção de Michael Polchowicz (Hangar, Venus Attack, OSPA),
que o convidou para fazer parte de um projeto chamado “Journey Night” - covers
de grandes sucessos da banda Journey. Na época, Thiago e Michael iniciaram uma parceria, que lhes renderam composições
marcantes, gravadas em seus projetos individuais.
Na
linha do heavy metal, Thiago Marques fez parte de uma banda emergente do estilo chamada “Katana” e
junto com o grupo recebeu prêmios de
escolha popular e escolha da crítica especializada na categoria "Banda
Revelação" do website HeavyRS. Com
a Katana, Thiago gravou o single “Eyes in the Dark” e fez uma turnê de
divulgação.
Na
mesma época, Thiago fez parte da banda “Castelo Forte” - um dos expoentes do
rock cristão no Rio Grande do Sul - gravando o EP "Recomeçar" e, em
um momento seguinte, criando arranjos
acústicos de músicas da banda para
uma mini tour.
Thiago
Marques também seguiu os estudos da música em sua carreira acadêmica,
formando-se em 2009 no curso de Licenciatura em Música, no Centro Universitário
Metodista - IPA.
Diversas
vezes foi convidado para acompanhar
músicos de talento, como Luciano Manga (Oficina G3, Vineyard, solo) em 2008.
Iniciou
sua carreira como professor ministrando aulas particulares e, em 2006, foi
convidado a dar aulas em uma das maiores
escolas de música do Estado, Tio Zequinha, conhecida por ter sido fundada por um
dos membros da Família Lima. A escola de música proporcionou a Thiago ainda a
possibilidade de participar de apresentações anuais no Theatro São Pedro e no conhecido “Natal Luz” da cidade de
Gramado.
Thiago
também tem uma rica experiência na
música eletrônica, fazendo parte do projeto Sax & Phone in Concert,
inclusive compondo e produzindo a música “Smile on Your Face”, que contou
com a participação da cantora Nalanda.
Com o Sax & Phone in Concert, Thiago tocou em algumas das maiores casas
noturnas do Estado, recebendo a oportunidade de fazer parte da apresentação da
cantora norte-americana Julie Mcknight. Outro momento marcante de Thiago neste
projeto foi a realização do show de abertura da banda Tears for Fears, no Pepsi
On Stage em Porto Alegre.
Merece
destaque também, a composição de Thiago Marques para homenagear o Sport Club Internacional em seu
centenário - a música “Século de Vitórias”, que se aproxima da marca dos 50.000
acessos no YouTube.
Thiago
ainda segue carreira de músico em
eventos diversos com um trabalho voltado
para a “Lounge Music”. Neste formato, tocou para um público
bastante seleto em restaurantes de alta gastronomia, hotéis de luxo da
serra gaúcha, desfiles de moda, lojas de grife, jantares particulares e
corporativos, com destaque para as recepções realizadas pela Fundação Bienal do
Mercosul, Associação dos médicos da PUC-RS, Grêmio Náutico União e Grupo Austral Agency durante o Festival de Cinema
de Gramado-RS.
No
começo de 2013, após sua experiência com o “Sax&Phone In Concert”, o músico
imaginou um projeto somente com bateria
e teclado. Assim surgiu o duo instrumental “GranDense” com
composições que exploram o jazz, rock, heavy metal e música eletrônica, formado
em parceria com o amigo e baterista Ébano Santos.
Em
2015 o músico organizou e ministrou o curso: TECLADO - Uma ferramenta para
composição, gravação, produção e performance e em maio de 2016 o curso:
Produção Musical e Teclado, juntamente com o tecladista e produtor Fábio Laguna
(Hangar, Freakeys).
Em
2016, foi consagrado vencedor do concurso
GSD (Games, séries e desenhos) da Santo Angelo,
tornando-se endorser da marca.
Recentemente,
a convite da Santo Angelo, Thiago participou da NAMM
Show
- uma das maiores feiras da indústria de produtos musicais no mundo, nos EUA.
Incansável,
o músico prepara seu primeiro curso ON LINE através de seu canal no YouTube,
além de trabalhar no novo álbum do “GranDense”.
Thiago
usa Santo Angelo, Lyco e Urbann Boards.
Leia,
a seguir, a entrevista exclusiva.
ENTREVISTA...
Thiago Pospichil Marques –
Posso dizer que sempre tive interesse sim, pois um dos meus brinquedos
preferidos quando pequeno era um pianinho vermelho, infantil, que guardo até
hoje. Ainda criança, ganhei meu primeiro “tecladinho” eletrônico, com teclas
compactas e vários acompanhamentos, “estilos”, o que já me rendia horas de
diversão. Gostava também de assistir a parte musical na igreja, pois o teclado
sempre estava presente.
Revista Keyboard Brasil – Quando iniciou
seus estudos musicais? Fale um pouco sobre isso...
Thiago Pospichil Marques –
Iniciei com 6 anos. Minha mãe marcou aulas para mim com uma prima dela,
professora de órgão elétrico, a “Tia Nice”. Nesta época comecei a realmente
aprender o que um instrumento de teclas faz, tive meu primeiro contato com um
caderno de música, com partituras e com um estudo musical, aprendendo elementos
musicais e levando temas de casa para praticar. Eu fazia as lições direitinho,
mas sempre tentava fuçar nos sons diferentes e acompanhamentos também.
Revista Keyboard Brasil – Qual foi seu
primeiro teclado?
Thiago Pospichil Marques –
Bem, depois do “pianinho”, ganhei um Casio “PortaTone” com teclas compactas,
não lembro exatamente o modelo desse, mas parecia um pouco a linha “SA” da
marca. Algum tempo depois tive o Casio CA-110, 49 teclas no tamanho “padrão”,
esse talvez já possa ser considerado um pouco mais como um teclado de estudo e
não somente como brinquedo e me acompanhou até o início da adolescência, quando
comecei com as primeiras bandas.
Revista Keyboard Brasil – Quais suas
referências musicais?
Thiago Pospichil Marques –
Essa pergunta é difícil! Bem, eu gosto muito de rock em geral e músicas com
sonoridade bem intensa. Quando comecei a me “entender”como tecladista, passei a
prestar atenção e procurar referências de bandas e artistas que tivessem esse
tipo de sonoridade mais pesada com teclados, que eu pudesse ter alguma
identificação. Então logo me deparei com nomes como Faith no More
(RoddyBottum), Journey (Jonathan Cain), DeepPurple (Jon Lord), Oficina G3 (Jean
Carllos), Dream Theater (ainda na época do Derek Sherinian), Hangar (Fábio
Laguna). Estas bandas e tecladistas foram bem importantes para mim como
referências iniciais, influências. Depois segui me interessando por diversas
coisas diferentes, hoje tenho inúmeras referências musicas e sempre que
encontro algo interessante e bem feito já incluo nesta lista. Claro que atuando
profissionalmente, dependendo da situação vou buscar referências nos mais
diversos estilos de música, como no caso da produção do “GranDense”, onde
pesquisei desde “Soilwork” que é uma banda sueca de metal, até “Gaúcho da
Fronteira” que é um músico tradicionalista do Rio Grande do Sul e ainda
passando por jazz, housemusic entre outras coisas.
Revista Keyboard Brasil – O que você
ouve atualmente?
Thiago Pospichil Marques –
Gosto de novidades, pesquisar produções novas, ouvir o que os amigos /
parceiros músicos estão fazendo.
Revista Keyboard Brasil – Conte-nos
sobre sua primeira experiência em estúdio e quantos CDs você tem lançados até o
momento?
Thiago Pospichil Marques –
Minha primeira experiência em estúdio foi com 16 anos gravando com a banda P49,
da qual eu fazia parte. Foi algo bem interessante, pois ao mesmo tempo em que
foi minha primeira gravação em um estúdio, foi o primeiro trabalho deste
estúdio totalmente “digital”, usando ProTools, interface e tudo mais. Então o
técnico responsável de lá ainda estava se familiarizando com várias ferramentas
e etapas do processo, o que acabou sendo uma grande oportunidade para que eu
pudesse aprender sobre gravação multi-pista, edição e também tirou bastante do
meu nervosismo ao encarar uma gravação pela primeira vez, pois as sessões
acabavam sendo cheias de novidades para todos. Este CD foi “O Verbo” da “P49”,
além deste, gravei o “Recomeçar” com a banda “Castelo Forte” e o “GranDense”,
meu trabalho instrumental.
Revista Keyboard Brasil – Você possui
forte base no Rock. Contudo, atua em diferentes gêneros musicais como pop,
gospel, heavy metal, blues, jazz, eletrônico entre tantos outros. A pergunta é:
como define seu estilo musical?
Thiago Pospichil Marques –
Defino como “Intenso”. Para mim, ser eclético é uma coisa bem natural para um
tecladista, acho que o nosso instrumento favorece muito isso. Eu me interesso
por gêneros diferentes, estudo, toco, pesquiso, entendo os conceitos, mas não
tenho tanto a preocupação de ser “purista” em determinadas coisas, eu tento
deixar o meu jeito, a minha abordagem e a minha “voz”, quando estou tocando.
Mesmo em estilos bem definidos eu acabo tocando um pouco do meu jeito, gosto de
soar “intenso” e isso acaba sendo uma coisa natural para mim. É como “falar”,
dependendo da situação, ambiente ou com quem nós estamos, acabamos falando de
formas diferentes. Às vezes mais formal e escolhendo bem as palavras, outras
vezes mais largado sem se preocupar com o tom de voz. Só não gosto de ser
genérico, prefiro soar estranho mas com atitude, talvez essa seja a minha maior
influência roqueira, a atitude.
Revista Keyboard Brasil – Em sua rica
experiência na música eletrônica, você fez parte do projeto Sax&Phone in
Concert. Pode nos contar sobre isso?
Thiago Pospichil Marques –
Sim, este momento foi bem importante na minha carreira. Eu já gostava de ouvir
música eletrônica, principalmente na adolescência. A presença constante de
sintetizadores neste estilo sempre me chamou a atenção, pois as músicas
geralmente são campos bem vastos para teclados e mais teclados. No final de 2010 tive a oportunidade de conhecer o DJ Lê Araújo, responsável pelo projeto “Sax&Phone” (Duo em parceria com o saxofonista Vini Netto, que continua até hoje) e também dono da agência Moving DJs. Nesta época o Lê já tinha ideia de acrescentar elementos a este projeto e torna-lo uma banda de música eletrônica, então tive o prazer de ser um dos tecladistas, juntamente com Silvinho Erne (tecladista) e Kiko Garcia (baixista) completando o time. Essa experiência foi muito rica porque tive a oportunidade em trabalhar em uma cena diferente do que já tinha feito até então, pude aprender muito vivenciando a “vida musical” de outra forma, onde a abordagem musical é diferente, a forma de pensar o repertório e os elementos dentro dos arranjos. Pude conhecer outros DJs, produtores de música eletrônica, o público deste gênero e entender melhor a forma de “pensar” este estilo. Para mim, um dos maiores legados deste momento, foi a oportunidade de me deparar com produções muito pesadas, pesadas mesmo, utilizando somente sintetizadores e sequenciamento de bateras eletrônicas, etc. Tocar em festas onde a pressão sonora nos “P.A.s” era tão intensa, ou em algumas, mais intensa do que os shows mais pesados de metal que eu já tinha frequentado. Isso me permitiu repensar minha forma de tocar e timbrar meu teclado e também me ajudou a redefinir meu estilo e imaginar novas possibilidades para o meu trabalho e o que eu viria a fazer a seguir.
Revista Keyboard Brasil – Como é sua rotina de estudos?
Thiago Pospichil Marques – Toco diariamente. Mas sempre que monto um novo material ou preciso preparar repertório para algum show, workshop ou evento, organizo uma agenda de um mês de estudo contínuo, ou algumas semanas, dependendo do tamanho e da complexidade do repertório, até prepará-lo adequadamente.
Revista Keyboard Brasil – Quais cantores e bandas você já acompanhou como tecladista?
Thiago Pospichil Marques – Minha primeira banda se chamava “Ramo Novo”, depois toquei com a "P49”, “Castelo Forte”, “Katana”. Tive dois projetos com um grande amigo, o cantor “Michael Polchowicz”, o “Journey Night” e “Artheria”. Toquei algumas vezes com o “Luciano Manga” (Ex- Oficina G3 / Vineyard Music Brasil), com a cantora “Nalanda”, “Sax&Phone In Concert”, acompanhei a cantora americana “Julie McKnight”, “Banda Dublê”. E claro, o “GranDense”.
Revista Keyboard Brasil – Conte-nos sobre sua participação no concurso GSD (Games, Séries e Desenhos) promovido pela empresa Santo Ângelo onde você foi o vencedor.
Thiago Pospichil Marques – Foi muito interessante. Na época eu estava preparando material novo para meu workshop, então estava produzindo algumas trilhas e já pensando em captar novos vídeos para meu canal no YouTube, pois tinha poucos publicados por lá naquele momento. Alguns dias antes do evento vi a divulgação do concurso na página da SantoAngelo e na hora já pensei em participar, não apenas pelo concurso propriamente dito, mas porque tinha realmente a intenção de produzir mais material para o meu canal e meu trabalho. Me dediquei bastante e o resultado foi sensacional, antes mesmo de divulgarem os finalistas, o meu vídeo já havia sido bastante compartilhado e assistido, principalmente no facebook. Fiquei muito feliz em vencer o concurso e tudo mais que isso me proporcionou, pude tocar no stand da Santo Angelo juntamente com o guitarrista Ozielzinho durante a ExpoMusic 2016 em SP, pude conhecer toda a equipe da marca que me recebeu realmente muito bem. Também tive a oportunidade de conhecer o trabalho de excelentes músicos durante o concurso e isso foi muito legal, conhecer outros colegas de trabalho muito talentosos, posso citar aqui os guitarristas que foram finalistas comigo, Sandrinho Higino e Edilson Ribeiro e também o tecladista John David que desenvolvem materiais muito legais.
Revista Keyboard Brasil – Sabemos que você também atua como produtor musical. Fale sobre isso.
Thiago Pospichil Marques – Há vários anos tenho atuado como produtor musical, trabalhando com cantores, cantoras e algumas bandas. Preparando trilhas, gravando e montando o material. Gosto muito do trabalho de estúdio, mas também de toda a parte de pré-produção, meus projetos preferidos são os que posso começar desde o “rascunho” juntamente com o artista. Minha principal produção com certeza foi o álbum “GranDense”, onde além de ser o tecladista e compositor das músicas juntamente com o Ébano, fiquei à frente de todas às etapas da produção, foi bastante trabalhoso, mas bem satisfatório.
Revista Keyboard Brasil – Emendando na pergunta anterior, “GranDense” é um projeto instrumental de caráter único, onde existe a integração de dois instrumentos: teclado e bateria. Como surgiu essa ideia e a parceria com o baterista Ébano Santos?
Thiago Pospichil Marques – O Ébano e eu nos conhecemos há bastante tempo, na época que eu tocava com a “P49” (2003 – 2005) ele tinha a banda “Êxodo”, que fazia parte da mesma “cena” musical aqui no Rio Grande do Sul, eram duas bandas cristãs de rock e por isso participávamos dos mesmos eventos. Por várias vezes comentamos em fazer alguma coisa juntos, eu tinha bastante vontade de atuar mais profundamente na música instrumental e, para minha sorte, ele também. Tentamos arranjar outros parceiros por algum tempo, montar uma formação mais “tradicional” incluindo guitarra e baixo, mas essa procura dificultou bastante o início dos nossos trabalhos. No começo de 2013, após minha experiência com o “Sax&Phone In Concert”, comecei a imaginar a possibilidade de encarar um projeto assim, somente com bateria e teclado, nessa época nos encontramos para conversar sobre isso e decidimos iniciar o duo, sem ter certeza de como funcionaria tudo, foi um desafio, um grande desafio, pois nunca tínhamos feito algo assim antes.
Revista Keyboard Brasil – E a respeito dessa parceria, como é o processo de criação para as composições?
Thiago Pospichil Marques – O processo é muito legal! Para mim, fazemos da melhor forma possível, temos ensaios regulares e utilizamos este espaço para compor, ficamos basicamente “rolando som”, fazendo “jams”. Quando identificamos algo interessante, legal ou promissor, gravamos imediatamente, em áudio e vídeo. Quase tudo fica registrado e a partir daí seguimos elaborando juntos. Se o Ébano ou eu trazemos alguma ideia nova, já começamos a ensaiar o trecho que geralmente acaba se modificando, pois sempre um dos dois tem alguma ideia para acrescentar na proposta do outro e a melhor parte é que temos liberdade para interferir nas composições de ambos, bolamos tudo juntos e temos bastante respeito pelo trabalho e musicalidade um do outro, então eu sei que sempre que o Ébano altera ou sugere algo sobre uma frase, um ritmo, um trecho que eu elaborei, ele me devolverá melhor ainda e vice versa.
Revista Keyboard Brasil – Qual seu set atual?
Thiago Pospichil Marques – Utilizo um controlador (Behringer UMX610). Ableton Live com muitos instrumentos virtuais, atualmente meus preferidos são o Massive, Virtual Grand Piano e o Sylenth. Cabos SantoAngelo (Premium Vintage P10xP10 e Ninja LW), Direct Boxes Santo Angelo(DBP1). Fones LYCO(DJ-1000MK2) e Sistema de Ponto Eletrônico LYCO(PE-640PRO) para monitoração sem fio. Utilizo também os tênis da URBANN BOARDS, que já fazem parte do meu set porque sempre toco com eles. E para as apresentações na NAMM show, pude utilizar a nova linha de suportes da Stay Music, gentilmente cedidos por eles para essa minha participação por lá.
Revista Keyboard Brasil – Se você pudesse levar o que quisesse para o palco, quais instrumentos acústicos ou eletrônicos você levaria?
Thiago Pospichil Marques – Bem, não gosto de carregar muito equipamento, então se EU mesmo tivesse que levar, não levaria muita coisa de qualquer forma! (risos)... Eu me adaptei muito bem ao “mundo dos controladores”, então hoje em dia creio que o tipo de equipamento que me chamaria mais a atenção para o palco seria um bom laptop, com uma configuração bem potente, uma boa placa de som, de preferência com bastante saídas. Gosto também de sintetizadores compactos, como os da Novation ou Arturia por exemplo, seria um bom instrumento de apoio. Também aprecio instrumentos de 88 teclas, geralmente utilizo para gravar, principalmente pianos, mas também seria uma boa opção para o palco.
Revista Keyboard Brasil – Como foi participar pela primeira vez da NAMM Show (uma das maiores feiras da indús-tria de produtos musicais no mundo), nos ESTADOS UNIDOS, tocando no espaço da Santo Angelo?
Thiago Pospichil Marques – Foi sensacional e realmente uma experiência muito interessante. Grande privilégio poder tocar em um evento internacional deste porte e conhecer vários artistas e profissionais do mercado. Pude conferir as novidades das marcas, estar em contato com muitas pessoas do meio musical e vivenciar um pouco melhor como é a realidade do mercado da música no exterior. Esta foi a primeira vez que pude mostrar meu trabalho tocando fora do país e sou muito grato à Santo Angelo pelo convite e espaço. Fiquei muito feliz em poder fazer parte disso, vi o mestre Stevie Wonder tocando piano elétrico bem na minha frente, (risos) levei minha música, fiz novas amizades e acho que fiz bem minha parte, creio que pude deixar uma boa impressão, não apenas do meu trabalho, mas também como um tecladista brasileiro, tentei representar bem nossa família das teclas “brazucas” por lá!
Revista Keyboard Brasil – Fale sobre a nova fase de canal no YouTube e sobre seu primeiro curso ON-LINE.
Thiago Pospichil Marques – O conteúdo do canal está começando a expandir, além dos vídeos de algumas músicas, trechos de apresentações, comecei a publicar mais material com dicas e também iniciei uma série tipo VLOG, mostrando coisas diversas relacionadas com música, teclado e com meu dia a dia no trabalho de músico/produtor/professor/tecladista. Parte deste material está sendo produzido pelo Allan Elly e o Cris Derois que são os responsáveis pelo meu primeiro curso on-line, o “Teclado para Produção Musical”. O conteúdo é todo baseado nos cursos presenciais com este tema que ministrei nos dois últimos anos, sobre como utilizar o teclado como uma ferramenta de trabalho, dentro e fora do estúdio. A ideia é mostrar de forma simples como utilizar o teclado para poder gravar suas próprias criações musicais, trilhas, etc. Do início da produção de uma música até sua finalização. Todo o material do curso já está pronto e ele será lançado no meu site (www.thiagomarques.net) e também pela plataforma de cursos Udemy.
Revista Keyboard Brasil – Ainda há vagas para as aulas de teclado em seu novo estúdio? Deixe o contato e o local para os interessados da região Sul!
Thiago Pospichil Marques – SIM! O estúdio (MrqsRoom) está abrindo as portas neste mês e há vagas para novos alunos de teclado. Ele fica localizado em um novo complexo cultural aqui em Porto Alegre onde também há estúdios particulares de bandas e a sede de um novo selo musical. Interessados podem entrar em contato pelo e-mail thiago@thiagomarques.net será um grande prazer receber à todos!
Revista Keyboard Brasil – Podemos dizer que Thiago Pospichil é um músico realizado profissionalmente?
Thiago Pospichil Marques – Sim, sou realizado profissionalmente. Graças a Deus, de passo em passo tenho conseguido fazer coisas diferentes, ir a lugares diferentes, conhecer pessoas diferentes e levar minha música a outros espaços que ela ainda não havia ocupado. Acho que o maior objetivo do músico é “ser ouvido” e aos poucos vejo que isso está acontecendo cada vez mais com o meu trabalho. Recebo muito apoio dos amigos e principalmente da minha esposa Shaiala que praticamente sempre está comigo, auxiliando, opinando, pensando e planejando junto, isso faz toda a diferença. Tudo isso faz parte de um esforço muito grande, que é quase um “pré-requisito” para todo músico brasileiro, muito esforço. Mas é gratificante, é satisfatório, vivemos num país onde ser um profissional da música não é uma tarefa fácil e às vezes não muito justa, mas acho que isso também nos dá um diferencial e nos faz mais fortes. Com certeza não nos mata, realmente não tenho do que reclamar na minha jornada até aqui. Ter a oportunidade e o espaço de estar nessa revista com certeza prova isso, muito obrigado!
Revista Keyboard Brasil – Tem em vista projetos futuros?
Thiago Pospichil Marques – Sim, já estamos trabalhando no novo álbum do “GranDense”. E bem, agora conheço um pouco mais de perto o mercado musical americano e tenho grande interesse de seguir em contato para levar meu trabalho a outros lugares por lá.
Revista Keyboard Brasil – Gostaria de deixar uma mensagem aos leitores da Revista Keyboard Brasil?
Thiago Pospichil Marques – Bem, ultimamente eu tenho visto tantas críticas e tanto espaço mal utilizado na internet que me faz pensar que este é um ponto que nós como músicos precisamos repensar. Hoje é tão fácil detonar o trabalho de alguém sem nem ao menos avaliar apropriadamente, só que um músico que faz isso com outro colega não se dá conta que na maior parte das vezes está jogando contra o próprio time, prejudicando o nosso próprio meio. Acho que é muito importante ter uma compreensão melhor da nossa coletividade, apoiar, dar suporte, incentivar, aproveitar melhor os espaços para fortalecer o nosso meio musical e ter consciência de quem faz a nossa profissão ser valorizada perante a sociedade somos nós mesmos. Em relação aos tecladistas propriamente, é a mesma coisa. Seria muito bom se cada vez mais nos apoiássemos como colegas e desta forma fortalecêssemos os trabalhos uns dos outros, com certeza assim teríamos mais espaços, mais trabalhos, mais destaque, mais oportunidades, mais atenção das empresas, mais valor e mais música, que é o principal!
Revista Keyboard Brasil – Muito obrigada pela entrevista e sucesso!
Thiago Pospichil Marques – Eu que agradeço por estar por aqui, realmente é uma grande honra para mim. Acompanho a revista e sempre vejo matérias com músicos extraordinários, me juntar a este grupo é uma alegria imensa. Sucesso e vida longa à Revista Keyboard Brasil, muito obrigado pela oportunidade e pelo belíssimo trabalho de vocês que valoriza e apoia tanto a nós, os tecladistas brasileiros. Deus abençoe.
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* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost writer e esportista. Amante da boa música, está há 10 anos no mercado musical de revistas. Já trabalhou na extinta Revista Weril e atualmente é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil.
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