terça-feira, 26 de abril de 2016

Raquel Blanco - Paixão e sensibilidade vindas da Espanha

DIRETAMENTE DA ESPANHA PARA O BRASIL: RAQUEL BLANCO E SEU MARAVILHOSO PROJETO 'UM ESPETÁCULO... DE CINEMA!'
* Por Heloísa Godoy Fagundes
Um espetáculo único e de extremo bom gosto, sensibilidade, paixão e uma voz muito especial - versátil - que se adapta aos mais variados canais expressivos entre o passado e o presente da música. Estamos falando sobre a cantora e compositora nascida em Madrid, Espanha, Raquel Blanco, que acompanhada por um pianista, nos apresenta sua nova encenação, Un espectáculo... DE CINE! - em que interpretar e conta a história de algumas das canções mais representativas e influentes do mundo do século XX, que marcou o cinema contemporâneo e nossas vidas!

'Un espectáculo... DE CINE!!' É uma viagem no tempo pelos estilos mais importantes em  diferentes épocas. A Copla, o Tango, o Blues, o Jazz, a música norte-americana, o Bolero, a canção Francesa, o cabaré alemão, a canção italiana, o Rock, a Bossa Nova, entre outros.

Em sua longa trajetória musical, Raquel Blanco é admirada por críticos e especialistas do meio pela força e originalidade de seus registros, tornando-se, sem dúvida, uma das grandes vozes de Espanha.
Um pouco sobre a artista...

Raquel Blanco começou a cantar precocemente, com apenas 13 anos de idade. Seu debut profissional veio através das mãos de Teddy Bautista e Miguel Rios, responsáveis pela direção musical do lendário Rocky Horror Show, estreado na Espanha e quase simultaneamente em Paris, Londres e Nova York. Também fez parte da companhia criada por CAMILO SESTO em associação com Teddy Bautista, diretor musical e personagem de Judas, do famoso musical Jesus Cristo Superstar, que estreou em Madrid e onde Rachel se manteve até o final das apresentações.

Sentindo que devia de optar por uma ou outra de suas duas grandes vocações “o teatro ou a música”, decidiu-se pela música. Naquela época, em Madrid foi apresentada à cena do Jazz pela cantora e compositora americana Donna Hightower, que a apadrinhou como solista de jazz.

Assim, buscou conhecimento aprofundando-se no mundo jazzístico, tocando com alguns dos melhores músicos da especialidade cantando esporadicamente entre Madrid e Barcelona nos mais prestigiados clubes de jazz da época, sempre acompanhada por grandes músicos, entre outros, Tete Montoliu, LOU BENNET, etc.

Sua formação foi totalmente autodidata. Sempre que surgia uma oportunidade, preparava repertórios de jazz, blues e funk, desfrutando também de outras facetas de seu gosto musical. Estudou as trajetórias do Jazz, do Pop, do Rhythm and Blues, do Flamenco, escutando música de boa qualidade e desenvolvendo, assim, sua personalidade e sensibilidade vocal.

No passado, a cantora sofreu um grave acidente de carro, mas isso, de forma alguma deixou Rachel fora do mundo da música.

Atualmente, apresentando seu maravilhoso projeto 'Un espectáculo... DE CINE!!' - Um musical com o melhor do mundo da indústria cinematográfica do século XX, com músicas que marcaram o cinema contemporâneo e nossas vidas!

ENTREVISTA

Revista Keyboard Brasil: Como surgiu a ideia do projeto 'Un espectáculo... DE CINE!!' 'e a inclusão de um pianista?
Raquel Blanco: O desenvolvimento (escolhas)  das músicas até agora, tem sido estritamente compartilhado. Entretanto, ainda hoje, há muito ranger de dentes perante um repertório que não discrimina, cuja premissa é oferecer conscientemente um 'buffet', ou seja, um compêndio dos estilos que surgiram no século passado... O século do cinematógrafo (projetor de imagens)! A invenção que marcou definitivamente a cultura de massa em nosso tempo, em nossas vidas, como jamais fizera outra arte. Queria recordar este feito e mostrar minha admiração pela beleza das canções que contribuíram para manter viva a nossa criatividade humana. Sobre a escolha do piano, além de outras considerações e, por sua natureza, creio que é, para esta ocasião, o instrumento que melhor pode satisfazer a gama de estilos que é apresentada no espetáculo.

Revista Keyboard Brasil: E a seleção das canções? Como foi?
Raquel Blanco: Minha intenção, desde o início, era facilitar as coisas para o meu companheiro e, como consequência, facilitar para mim mesma (risos)! Entre outras razões apropriadas,  escolhi essas canções do repertório internacional mil e uma vezes versionadas e reproduzidas, para que o público tivesse em mão seus pontos de referência, a memória de outras versões com o qual pudesse comparar, não por "se gabar" artística e exclusivamente, mas buscando sua reação, o fator surpresa de minhas contribuições, permitindo que o público pudesse avaliar o nível da minha interpretação, sua atualização, baseando-se em suas memórias e com a intenção de devolver o respeito devido a algumas peças, que representam a tantas outras, não pelas milhões de vezes reproduzidas, mas dignas de se interpretar novamente.

Revista Keyboard Brasil: Até quando o espetáculo estará em exibição para o público da Espanha?
RB: É um espetáculo que aspira a se manter... É uma ideia, um desejo... Quase um princípio... UN ESPECTÁCULO... DE CINE! Eu tenho idealizado como uma máquina de projeção, para o qual pode-se adicionar novos rolos, novos estilos, novas canções e novas histórias cinematográficas... Neste caso, está representado o cinema europeu (da Espanha, Itália, Alemanha, França, Inglaterra...), norte-americano, pela influência de sua indústria cinematográfica e musical no mundo e, também, os novos estilos do início do século no México, Brasil, Argentina, Cuba (na América Latina em geral),  representados respectivamente pela Comédia Rancheira, Bossa Nova, Tango, Bolero, etc ... Poderíamos permanecer por aqui por muito tempo, pois há muito para contar e cantar, mas há outros países, outros filmes, mais histórias maravilhosas e músicas para representar para que não se esqueçam e sigam perfumando o nosso presente.

RKB: Sua viagem musical tem sido caracterizada por seu grande ecletismo, passando desde o rock & roll, o funk, até a Bossa Nova. Em qual estilo você se encontra mais confortável?
RB: A influência do Jazz foi tão libertadora para a música, como a armadilha que afundou o Titanic ... como um barco submerso, primeiro entrou em corrosão e, finalmente, a dissolução da personalidade concreta dos estilos... Nada nem ninguém poderá amarrá-lo novamente tal e como o conhecíamos, é como dizem: "o que Deus desatou, o homem não voltará a atar", é mais ou menos isso! O Jazz antecipou o sinal deste novo século... O concreto deixou de existir... vivemos em um mundo relativo, e para uma intérprete desta época, nada é mais ou menos cômodo para interpretar, o novo conceito mental é: tudo é material útil, se depois de afundar o barco, como Robinson Crusoé, que nadou até chegar em uma ilha deserta, hoje, parece que os indivíduos tendem a querer ser voluntariamente náufragos...

RKB: Obrigada pela entrevista, Raquel!
RB: Obrigada a todos da Revista Keyboard.  Recebam o meu afeto.

Contratação: 
unespectaculodecine@raquelblanco.net

Saiba mais sobre Raquel Blanco:


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* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost Writer, há 10 anos no mercado musical de revistas. Já trabalhou na extinta Revista Weril e agora é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil - publicação digital pioneira no Brasil e gratuita voltada à música e aos instrumentos de teclas.


Um comentário:

  1. Usted es una gran artista Raquel! Gracias por aceptar nuestra invitación por la entrevista! Gran abrazo!!

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