FUNKTASTIC -
NOVO ÁLBUM AUTORAL DO ORGAN TRIO HAMMOND
GROOVES
NOVO ÁLBUM AUTORAL DO ORGAN TRIO HAMMOND
GROOVES
O ORGAN TRIO HAMMOND GROOVES, FORMADO
POR DANIEL LATORRE, WAGNER VASCONCELOS E FILIPE GALADRI APRESENTA SEU MAIS NOVO
TRABALHO, O TÃO ESPERADO ÁLBUM AUTORAL "FUNKTASTIC".
* Por Heloísa Godoy Fagundes
Com
a intenção de transmitir o clima inesperado que acontece nos shows ao vivo,
além da sonoridade “vintage” que também é referência, o organ trio Hammond Grooves,
formado pelos músicos Daniel Latorre,
no Hammond B-3; Wagner Vasconcelos,
na bateria e Filipe Galadri na
guitarra, apresenta seu mais novo trabalho, o álbum autoral “FUNKTASTIC”.
Gravado no conceito, denominado “old-school” foi uma escolha inspirada nos
álbuns das gravadoras Blue Note e Verve.
A gravação e mixagem do disco ficaram a cargo do técnico de som Hugo
Silva, que já trabalhou com Chico Pinheiro, Anthony Wilson, Zimbo Trio, Cesar
Camargo Mariano, entre outros. Responsável pela masterização estava o renomado
André Kbelo. As gravações aconteceram no Family Mob Studios, liderado por Jean
Dolabella e Estevam Romera, produziram e lançaram este álbum pelo selo Family
Mob Records. A capa, diagramação e ilustração do disco foi feita pela artista
gráfica Heloisa Dassie Genciauskas. O disco esta disponível no ITUNES, Deezer,
Google Play e Spotify. A seguir, leia a entrevista do trio.
O
organ trio Hammond Grooves numa das casas mais conceituadas da cidade de São
Paulo, o Bourbon Street Music Club. Daniel Latorre: Hammond B3 | Wagner
Vasconcelos: bateria | Filipe Galadri: guitarra.
ENTREVISTA...
Revista Keyboard Brasil: Funktastic é um
trabalho maravilhoso. Sou suspeita para falar porque acompanho o trabalho de
vocês há algum tempo e tenho minhas preferidas como Toc Toc Island e Água de
Coco. Pergunto: como foi a concepção e a realização desse trabalho?
Hammond Grooves:
Obrigado Heloísa e toda equipe da Revista Keyboard por gostar de nossa música e
pela oportunidade de falar um pouco sobre! Queríamos gravar nossas músicas com
espontaneidade. Um disco inteiro na inusitada formação de organ trio. O
objetivo era passar um pouco do clima dos nossos shows ao vivo. Para isso
escolhemos gravar sem fones de ouvido com todos na mesma sala de gravação. Esta
concepção de gravação é a mais básica possível, porém desafiadora porque
tecnicamente não há o que se fazer quanto a execução depois de gravado. Ao
mesmo tempo a “mix” tem que traduzir o melhor possível o que foi tocado. Assim
foram gravados os antológicos discos dos “organ trios” de Jimmy Smith, John
Patton, Shirley Scott, Wes Montgomery, Jack McDuff que tanto gostamos e
acabaram nos inspirando neste processo de gravação. No entanto optamos por uma
sonoridade própria do começo ao fim, sendo o mais honesto possível com aquele
momento da gravação, com a concepção de som de cada um no seu instrumento e de
como o técnico Hugo Silva traduziu isso para a gravação final. Tivemos a honra do André Kbelo masterizar o disco, que
deu o “punch” que faltava.
Revista Keyboard Brasil: Quais os prós e
contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Hammond Grooves: No
nosso caso não é uma escolha. É a forma que temos no momento. Ser independente
faz parte da batalha do dia-a-dia de cada um dos três para ser músico da forma
que acreditamos. Para realizar esta gravação contamos com amigos e excelentes
profissionais que gostam de nosso trabalho e nos apoiaram independentemente. As
vantagens estão em maior parte na liberdade artística. A maior desvantagem é
que tudo fica mais trabalhoso e devagar sem alguém ou alguma instituição com
poder aquisitivo para viabilizar o processo de sua carreira. Os artistas têm
que acabar lidando com todo resto do processo que não é arte ou música. Nós
vemos isso também como vantagem, pois você aprende como funciona tudo, um
conhecimento valioso.
Hammond Grooves: Foi
mágico. Justo quando começamos a nos perguntar onde poderíamos gravar nossa
música e um lugar que tivesse uma “vibe” parecida com a nossa, conhecemos o
Family Mob ( http://www.familymob.com.br/#home ). Daniel conhecia Estevam e já havia tocado com Jean Dolabella há
alguns anos. Quando fomos conhecer o estúdio, Jean estava fazendo uma
apresentação ao vivo com seu duo chamado “Indireto”, dentro da sala e com as
caixas de som para fora e o público ouvindo. Uma concepção que mistura música
ao vivo e o processo de gravação! Uma “sonzeira” inacreditável! Dava para
sentir naquele momento que o lugar era mais que um estúdio, um espaço que
agregava outras qualidades e uma energia que se alinhou muito com a nossa.
Revista Keyboard Brasil: O Hammond
Grooves está na estrada há mais de 10 anos. Como se deu a formação atual da
banda?
Hammond Grooves: No
começo, o objetivo era tocar ao vivo as músicas do soul jazz dos “organ trios”
das décadas de 60 e 70, levar o Hammond B-3 de verdade, tocar os baixos na
pedaleira como os organistas de jazz faziam, enfim, levar esta atmosfera no
show que até então só ouvíamos nos discos. A coisa foi indo assim, neste clima quase que informal onde vários
músicos e amigos tocaram conosco, foi uma época deliciosa também! Em 2009, o
baterista Wagner Vasconcelos começou a tocar na banda e composições começaram a
surgir mudando a direção do projeto. Foi então que, em 2013, conhecemos o
guitarrista Filipe Galadri por intermédio de um amigo e produtor, Paulo Roberto
Aredes e o chamamos para tocar conosco. Esta combinação das influências de cada
um e a química tocando juntos foi quase que instantânea e era a hora de começar
a gravar o que já tínhamos feito e seguir compondo músicas novas.
Revista Keyboard Brasil: O que mudou na
cena musical de São Paulo durante esses 10 anos?
Hammond Grooves:
Acho que nós evoluímos muito de alguns anos para cá. Percebemos que estilos
como o jazz tiveram espaço maior. Uma geração nova de excelentes músicos
apareceram tocando cada vez melhor o jazz, blues e música brasileira. A
economia e turbulências políticas vieram também, mas sentimos que as pessoas
vêm percebendo que podem usar a música para enfrentar este período, seja de
forma terapêutica ou colocando o entretenimento com maior prioridade em seu
cotidiano, que não acontecia em períodos anteriores. Os estilos de música como
o nosso têm atingido maior público hoje com o alcance digital, esta realidade é
crescente e nos permite contato direto com nosso público e vice-versa.
Revista Keyboard Brasil: Um diferencial
do show do Hammond Grooves é a interação com a plateia. Como essa ideia surgiu,
Daniel?
Hammond Grooves:
Surgiu por acaso. Percebemos que as pessoas tinham curiosidades e dúvidas
quanto a nossa formação, especialmente sobre o instrumento Hammond, Leslie e o
repertório que estamos tocando. Então fomos inserindo estas informações durante
o show. Mas como fazer isso de forma não tão repetitiva? Inserimos algumas
curiosidades e histórias sobre os personagens do jazz e do universo do “organ
trio”. Mesmo sendo “música instrumental”
esta comunicação e participação do público até tocando algumas músicas fazem a
experiência do show se prolongar.
Revista Keyboard Brasil: Agora um
bate-bola - respondam com uma frase o que vem na mente quando eu digo:
Jazz: Liberdade, respeito e
infinitas descobertas.
Hammond B3: Uma
máquina que ganha vida e consegue compartilhar de nossa alma.
Uma lembrança de infância: Brincar de carrinho no quintal de casa!
(risos).
Um ídolo: Dr.
Lonnie Smith
Uma inspiração: O
documentário “O Código”
Um sonho: Ser
a primeira banda a se apresentar no espaço!
A
maior conquista: ter um organ trio de verdade
Defina o Hammond Grooves em uma palavra:
Sinergia
Paulistano,
Daniel é a cara do órgão HAMMOND no país. Acostumado com a vida dos bares e
shows desde sua adolescência, construiu seu nome na música no decorrer dos anos,
durante os quais dividiu palco com IAN PACE (Deep Purple), ANDY SUMMERS (The Police),
JOHN PIZARELLI, CAETANO VELOSO, ANDREAS KISSER e PAULO ZINNER.
Músico
e especialista das marcas Fender, Korg e
Vox, Filipe é o mais novo integrante do HG. Guitarrista apaixonado pelas vertentes
modernas do jazz, estudioso de claves exóticas e da vanguarda do estilo, mas
igualmente conhecedor do Hard Rock ao Blues. Uma das grandes promessas do
instrumento no cenário nacional de jazz clássico e fusion.
Músico
por formação, de currículo exemplar (FAAM, EMESP, Conservatório de Tatuí),
Wagner é uma referência em estudos ritmicos e um dos professores de bateria
mais completos do país. Além de estar no HG desde sua formação, já dividiu
palcos e projetos com os grandes músicos MICHEL LEME, LEO GANDELMAN, JOHN PIZARELLI,
e RONNIE CUBER.
SAIBA MAIS SOBRE A BANDA HAMMOND GROOVES:
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* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost writer e esportista. Amante da boa música, está há 10 anos no mercado musical de revistas. Já trabalhou na extinta Revista Weril e atualmente é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil.
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