segunda-feira, 25 de julho de 2016

Adelbert Carneiro - UNINDO A LINGUAGEM SOFISTICADA DO JAZZ À MÚSICA LEGITIMAMENTE AMAZÔNICA


ADELBERT CARNEIRO É CONTRABAIXISTA, ARRANJADOR E COMPOSITOR. POSSUI UM TRABALHO DE MERECIDO DESTAQUE, TORNANDO-O UM DOS MÚSICOS MAIS SOLICITADOS DA REGIÃO NORTE. SEU COMPROMETIMENTO COM A PRESERVAÇÃO DA MÚSICA AMAZÔNICA É PERCEBIDO EM TODOS OS SEUS TRABALHOS E É JUSTAMENTE ESTE O DIFERENCIAL DE SUA MÚSICA: UNIR A LINGUAGEM SOFISTICADA DO JAZZ AOS SOTAQUES DOS RITMOS NORTISTAS, PERPASSANDO E ASSEGURANDO TODA A RIQUEZA DA MÚSICA BRASILEIRA.



Pelas mãos do talentoso Adelbert Carneiro, a música típica da região Norte ganhou características  mais arrojadas e harmonias arriscadas, sem falar na qualidade das composições que desafiam o comum da música instrumental.

Contrabaixista, arranjador e compositor, Adelbert Carneiro, 44 anos, nasceu na cidade de Belém (Pará). Ingressou nos estudos musicais em 1981, no curso técnico de violino da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA) e atua como músico profissional desde os 17 anos de idade. 

Desde cedo sua linguagem musical vislumbrava um concílio entre o jazz e a música legitimamente amazônica. O perfil de sua tendência ganhou força na década de 1990 quando, além de estudar contrabaixo elétrico no Musicians Institute (MI), em Hollywood, Los Angeles, (Califórnia); também participou de cursos de especialização na área de música na Escola de Brasília, tendo como  orientador o violinista e contrabaixista Nico Assumpção.

Em Belém, ainda nessa década, seu trabalho continuou a ganhar merecido destaque, tornando-o um dos músicos mais solicitados da região Norte, quase sempre atuando também como arranjador e diretor musical.

Em 1993, iniciou os estudos de contrabaixo também na Escola de Música da UFPA. Paralelamente,  já  se  envolvia  com  a  música popular,  seja  em  oficinas,  cursos  livres  ou  casas noturnas da cidade. No mesmo período, fazendo parte da Orquestra da EMUFPA, apresentou-se nos principais eventos e teatros do Pará.

Em 1995, Adelbert Carneiro integrava a Marília Ciribelli Band, composta por músicos brasileiros, realizando várias apresentações na Suíça, no Montreux Jazz Festival. 

Integrou, também, a Amazon Jazz Band (atualmente Orquestra do Theatro da Paz) por mais de dois anos, executando contrabaixo acústico.

Na função de diretor musical, já atuou em dezenas de festivais de música, a exemplo do SERVFEST (Festival de Música dos Servidores do Estado), um dos festivais de maior destaque do Norte do Brasil, no qual realizou a direção musical das oito edições. Também na função de diretor musical participou da 1ª Bienal de Música de Belém, realizada pela Prefeitura Municipal de Belém, em 2000.

Ao longo de sua trajetória, vem atuando em diversos shows e CDs de artistas também no trabalho com direção e arranjo, como os de Nilson Chaves, Lucinnha Bastos, Lia Sophia e, mais recentemente, por meio do projeto Pixinguinha, os CDs de Patrícia Bastos, Euterpe, Enrico de Micceli e Joãozinho Gomes.

Sua veia nortista está presente em todos os trabalhos aos quais se dedicou. Os ritmos amazônicos sempre fizeram parte de seus arranjos, possibilitando uma linguagem própria, onde logo se percebe a assinatura de Adelbert Carneiro, comprovando a autenticidade de sua obra, tal qual o comprometimento com a preservação da música amazônica. É justamente este o diferencial de sua música: unir a linguagem sofisticada do jazz aos sotaques dos ritmos nortistas, perpassando e assegurando toda a riqueza da música brasileira.

O talento de Adelbert Carneiro como compositor em seus dois primeiros discos – Cacique Camutá (1997) e Cacique Muaná (2003), em parceria com o guitarrista Gileno Foinquinos – é a prova disso. Neles, foi possível o diverso se tornar um único som. A música típica da região Norte ganhou características  mais arrojadas e harmonias arriscadas à primeira audição, sem falar na qualidade das composições que desafiam o comum da música instrumental.

Duas músicas de sua autoria, encontradas no primeiro CD, Cacique Camutá, foram negociadas e integram o CD Dance in Rio, produzido pelo selo alemão Ganzer. Cacique Muaná, seu segundo CD foi premiado com os incentivos da Lei Municipal Tó Teixeira. 

Com o CD Ianubiá (2010), todo autoral, Adelbert Carneiro comprova a indiscutível e elogiada experiência no âmbito musical, renovando a música instrumental paraense, com ares de rio e arranha-céus, tudo em uma mesma cartada: regional, brasileiro, contemporâneo, sofisticado e ritmado. Eis uma inauguração na música, um som verdadeiro e intenso.

Na década de 2000, Adelbert Carneiro integrou a banda que acompanhou a cantora paraense Fafá de Belém em turnê pelas cidades de Porto e Lisboa, em Portugal. Também integrou um  grupo  de  músicos  e cantores  paraenses  que representaram o Brasil nas comemorações do Ano do Brasil na França. E apresentou-se em diversos festivais. O músico conquistou o prêmio de melhor arranjador do 1º Prêmio Cultura de Música, realizado pela Rádio e TV Cultura do Pará e graduou-se no curso de licenciatura em música no ano de 2008, pela Universidade do Estado do Pará (UEPA).


Saiba mais sobre Adelbert Carneiro:
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* Rafael Sanit é tecladista, Dj e produtor musical, endorsee das marcas Roland, Stay Music, Mac Cabos e Jones Jeans. Também trabalha como demonstrador de produtos Roland onde realiza treinamentos para consultores de lojas através de workshops e mantém uma coluna na Revista Keyboard Brasil.



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