Alpha III e & Black
Sabbath - Um estranha Similaridade
O NÚMERO SETE É, COM CERTEZA, O MAIS
PRESENTE EM TODA FILOSOFIA E LITERATURA SAGRADA DESDE OS TEMPOS IMEMORIAIS ATÉ
OS NOSSOS DIAS. O NÚMERO SETE É SAGRADO, PERFEITO E PODEROSO, AFIRMOU PITÁGORAS,
MATEMÁTICO E PAI DA NUMEROLOGIA E REPRESENTA A TOTALIDADE, A PERFEIÇÃO, A CONSCIÊNCIA,
A INTUIÇÃO, A ESPIRITUALIDADE E A VONTADE. É TAMBÉM CONSIDERADO UM NÚMERO MÁGICO
E MÍSTICO, POR EXCELÊNCIA. INDICA O PROCESSO DE PASSAGEM DO CONHECIDO PARA O
DESCONHECIDO. E 7 SÃO AS COISAS EM COMUM ENTRE O ALPHA III E O BLACK SABBATH.
* Por Amyr Cantusio Jr. & Heloísa Godoy Fagundes
Creio
que tive muita coisa em comum com o Black
Sabbath, desde o início do ALPHA
III
(que em 1971 ainda era chamado SPECTRO).
Lendo
a autobiografia do Sabbath, me deparei como num espelho, com minha própria
jornada no meio da música, em especial, no rock. O que tínhamos e temos em
comum?
1- A
dificuldade de gravar um disco nos anos 70. Eu consegui somente registrar num
gravador de rolo nossas primeiras composições. Já o Sabbath conseguiu depois de
muito trabalho, gravar o LP em 1970.
2-
As gravações do Sabbath duraram 2 dias no primeiro LP, 3 dias no segundo e 7
dias no terceiro álbum. No Spectro, gravamos as primeiras 5 músicas e mixamos
tudo também em 2 dias. O LP Mar de Cristal (1983) - primeiro do ALPHA III, foi
gravado em 3 dias!
3-Temos
em comum, até hoje, entrar no estúdio e
gravar tudo ao VIVO, com alguns “overdubs”.
4- A
temática ocultista, triste, pesada era a mesma do SPECTRO e ALPHA III. Letras
poético/góticas, som denso, baseado em quintas diminutas e terças menores.
Exceto que o ALPHA III é calcado nos teclados
e synths (não tem guitarras, sendo
esporádicas, a partir do segundo LP) e o Sabbath nas guitarras
(utilizaram teclados depois do terceiro LP). Eu, assim como fez
Tony Iommi em suas guitarras, criei o som inicial do Spectro com
teclados “alterados” para um som mais volumoso e pesado. E o ALPHA III ao vivo
era um Power Trio. Quem assistiu sentia a porrada da massa sonora. Pessoal na
época ficava temeroso em conversar com a gente nos locais, nos acusavam de
bruxos, magia negra, etc... Em partes porque vivíamos mergulhados em livros e
temas de ocultismo e filosofia oriental. E o som do Spectro (além do nome do
grupo e da capinha da fita cassete que é a mesma do CD, desenho criado por mim,
chapado, em 1974) era temido, mas apreciado por uma legião de fãs que nos
seguiam (de 1972 a 1979) em todos locais onde tocávamos. Grande época.
5- O
produtor do Sabbath bateu em 14 gravadoras e mais outra dezena, sendo recusado
com um “não” antes de conseguir um contrato com a Vertigo. Eles disseram que
“os idiotas ouviam no máximo, sem muita atenção 3 ou 4 minutos de uma música e
diziam adeus”. Idem o que aconteceu com
o ALPHA III. Batemos na RCA, Continental e Eldorado, sendo ouvidos raros 3 ou 4
minutos, sem interesse algum pelas gravadoras. Quando quase fechamos em 1976
com a WEA (no Rio de Janeiro pessoalmente) o produtor que iria bancar nosso
álbum morreu num acidente de carro. Só me lembro o primeiro nome dele: Gustavo.
6-
Só consegui gravar em 1983 como ALPHA III o primeiro LP, tendo 1 música que não
gravamos no SPECTRO de 1976 Andrômeda. A letra foi feita (Liberdade para os
robôs) pelo falecido guitarrista Clayton em 1972, onde a tocamos num Festival
na região de São Paulo e ganhamos uma grana com o primeiro lugar. Depois refiz
a música e gravei no Mar De Cristal. Interessante
que o LP foi prensado no Rio mesmo, pela WEA/Polygram.
7-
Enfim, depois de anos, recebi o rótulo de “sinistro”, bizarro, estranho e fui
parar com o ALPHA III no “circuito” das bandas amaldiçoadas, entre elas King
Crimson,Universo Zero, Black Sabbath e Van Der Graaf Generator. E isto saiu em
revistas especializadas na Europa e Japão!
O Brasil nunca foi um país
“rockeiro” e ficamos até hoje no “underground” como uma “lenda”. Mas me sinto
muito feliz em ser incluído no circuito dos “malditos” entre estas bandas, pois
são as que mais admiro. E feliz por ter conseguido gravar quase 50 álbuns até o
momento, sem ajuda, subsídio e com muito preconceito, vindo de pessoas obtusas
e acéfalas à nossa música!
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Great loss for the music world
ResponderExcluirI really liked their initial musical period