PSYCOTHRONIC II
BRASILIAN
ELECTRONIC MUSIC
DANDO
CONTINUIDADE À DIVULGAÇÃO DE ARTISTAS
DESCONHECIDOS E DO UNDERGROUND BRASILEIRO, AQUI VAI A SEGUNDA COLETÂNEA DO CD
PSYCOTHRONIC II. HARE!!
*
Por Amyr Cantusio Jr.
São
11 faixas maravilhosas de música bem feita, metafísica num estilo entre a
Berlin School, a Dusseldorff School e o experimentalismo Techno/ Progressive
Rock. Não confundir com trabalhos de DJ ou
mixadores de vitrolas.
Aqui
há a participação de construtores de sintetizadores modulares como o Vinicius
Brazil, ou de painéis e sistemas analógicos como Márcio Prata (conhecido com o
codinome de Antonio das Mortes) possivelmente inspirado no grande cineasta
Glauber Rocha. Aliás, as músicas aqui
são uma parceria que fiz com ele rara!!
Temos Marcel Rocha de Campinas, Alan
Flexa, Patrick Wishrowski, Plastic Noir do norte e José D'Elboux que fundou a
banda progressiva Tau Ceti, um ótimo tecladista com muitos trabalhos lindos.
Todos estes músicos são relevantes
na arte de vanguarda nacional. Peço a todos que contribuam compartilhando e
divulgando a obra dos mesmos. Também contratando e estimulando eventos onde
eles possam mostrar sua magnífica arte ao povo viciado da mídia!!
O
produtor musical Marcel Rocha faz música desde os anos oitenta em uma vasta
gama de estilos tais como a música eletrônica, música brasileira, música
experimental, gótica, ambient music e Live Looping. Mestre e Doutor em Música,
Marcel já se apresentou em grandes festivais internacionais.
Em
sua discografia se destacam lança-mentos pelos selos Sucu Music (Itália), Aural
Films (EUA) e Mind Plug Records da Alemanha, bem como vários lançamentos
independentes.
Tendo
também trabalhado com trilhas musicais para curta, games, teatro, dança e blog,
Marcel possui uma vasta gama de influências e as combina sempre de maneira
particular e inédita.
ALAN FLEXA...
Nascido
em Macapá, Alan
Flexa é compositor, produtor e tecladista de música
instrumental.
Seu trabalho tornou-se notório dentro do estilo New Progressivo
por conta de vários álbuns voltados à meditação, relaxamento e trilhas
produzidos ao longo de sua carreira. Entretanto, suas músicas possuem elementos
de vários outros estilos: Rock, Jazz, Clássica, World, Eletrônica e
Minimalismo.
Influenciado pela música de Luciano Alves, Rick Walkeman, Patrick
Moraz, Vangelins, kitaro, Jam Corcioli, entre outros e fascinado pelas
possibilidades sonoras dos sintetizadores eletrônicos, aos 13 anos, iniciou
seus estudos musicais no instrumento passando, em seguida, para a música
popular e o Jazz.
Em 1998, Flexa
inaugurou o selo Symphony, alterando o nome para Zarolho Records (bastante conhecido pelas bandas do underground amapaense).
O
carioca Patrick Wichrowski é
tecladista, compositor e pesquisador sonoro (sintetista).
Começou a desenvolver
seus projetos pessoais de música eletrônica após abandonar o curso de teclado,
aos 15 anos.Tornou-se autodidata e passou a estudar as obras de Johann
Sebastian Bach, Vangelis, Rick Wakeman, Jean Michel Jarre e diversos outros músicos
do rock progressivo.
Sua música pode ser definida como “Rock Progressivo
Eletrônico Sinfônico” e faz muitas referências aos “medalhões” do estilo da
década de 70. Sem soar uma cópia ou um “genérico” destes, Patrick sempre
procurou deixar evidente a sua personalidade musical e a sua coragem em não
enveredar por caminhos sonoros óbvios.
Em seus trabalhos procura resgatar
sonoridades que se perderam na música atual. Sonoridades estas que remetem a um
mundo onírico, mágico e a uma conexão com o Cosmos.
O
paulistano J.
Eduardo D'Elboux é engenheiro automobilístico e tecladista de
rock progressivo, cujas tendências retomam a estética dos progressivos
clássicos da década de 70, como Emerson, Lake & Palmer e U.K.
Fundador da
banda progressiva TAU CETI, D'Elboux
também foi tecladista do grupo Moonshadow. A banda TAU CETI original, que era
apenas instrumental, lançou um CD em 1995 pela Faunus Records/Brasil, numa
produção independente.
Também em produção independente, D'Elboux lançou em
1999, junto a banda Moonshadow, um CD independente, chamado Tales from Soul.
D'Elboux não é músico profissional mas a
música é sua principal vocação.
Márcio
Prata conhecido como Antonio
das Mortes, começou a produzir sons experimentais eletrônicos, com
o desejo de viabilizar na música experimental, a exemplo de grandes músicos e
projetos, a mudança de percepção, provocada pelo som, o que possibilita revelar
uma identidade oculta em todos nós, como a psicopatia, mostrando o vislumbre
destas alterações.
Desde 1996 vem produzindo sons experimentais solo, os quais
ele denomina Psychedelic Down.
VINÍCIUS BRAZIL...
Vinicius Brazil é
engenheiro eletrônico e consultor, contando com mais de trinta anos de
experiência nas áreas de Comunicação, Telefonia, Controle & Testes Industriais,
Áudio Analógico e Digital assim como projetos especiais.
Criador do “VBrazil
Systems”, iniciativa única e pioneira no país que se dedica ao desenvolvimento
de sintetizadores analógicos e modulares no formato tipo “eurorack”.
PLASTIQUE NOIR...
O Plastique Noir é
uma banda de Fortaleza que abrange os gêneros pós-punk, gothic, darkwave, indie
e rock, cuja formação atual conta com Airton S (voz e eletrônicos), Danyel
Fernandes (guitarras e synths) e Deivyson Teixeira (baixo). Rapidamente ganhou
projeção tendo sido convidada, já em seus primeiros meses, para a abertura da
tour nacional da banda The Cruxshadows (EUA) e excursões pelo Nordeste e
Centro-Oeste.
Naquele
ano de estreia, a banda lançou dois trabalhos: o CD-R demo “Offering” (item
bastante raro) e o EP “Urban Requiems” (hoje distribuído pelo selo alemão AF
Music). Este EP ganhou elogiosas resenhas em prestigiados veículos de seu
gênero, como a revista portuguesa Elegy Iberica e o site do crítico e pesquisador
inglês Mick Mercer, referência mundial no universo gótico.
Em
2007, o Plastique Noir recebeu seu primeiro convite para um festival
internacional (Wave Gotik Treffen, em Leipzig-Alemanha), dando início à
produção do seu primeiro álbum oficial, intitulado “Dead Pop” (Pisces
Records-SP), lançado no ano seguinte. Realizou uma grande tour que durou quase
três anos, por quase todas as regiões do Brasil (capitais e interior), tendo
passado por inúmeros festivais renomados .
Em
2010, a banda abriu a única data do Frozen Autumn (Itália) no Brasil e, no fim
daquele ano, deu início à produção de seu segundo álbum, intitulado “Affects”,
com lançamento em 2011 pela Wave Records (SP) e distribuição internacional.
Em
2014, dão início à produção de seu terceiro álbum, intitulado “24 Hours Awake”,
com lançamento em fevereiro de 2015, novamente pela Wave Records.
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*Amyr Cantusio Jr. é músico piano, teclados e sintetizadores) compositor, produtor, arranjador, programador de sintetizadores, teósofo, psicanalista ambiental, historiador de música formado pela extensão universitária da Unicamp e colaborador da Revista Keyboard Brasil.
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