quarta-feira, 28 de setembro de 2016


PSYCOTHRONIC II
BRASILIAN ELECTRONIC MUSIC

 DANDO CONTINUIDADE À DIVULGAÇÃO  DE ARTISTAS DESCONHECIDOS E DO UNDERGROUND BRASILEIRO, AQUI VAI A SEGUNDA COLETÂNEA DO CD PSYCOTHRONIC II. HARE!!
* Por Amyr Cantusio Jr.

São 11 faixas maravilhosas de música bem feita, metafísica num estilo entre a Berlin School, a Dusseldorff School e o experimentalismo Techno/ Progressive Rock. Não confundir com trabalhos de DJ ou  mixadores de vitrolas.

Aqui há a participação de construtores de sintetizadores modulares como o Vinicius Brazil, ou de painéis e sistemas analógicos como Márcio Prata (conhecido com o codinome de Antonio das Mortes) possivelmente inspirado no grande cineasta Glauber Rocha. Aliás,  as músicas aqui são uma parceria que fiz com ele rara!!

Temos Marcel Rocha de Campinas, Alan Flexa, Patrick Wishrowski, Plastic Noir do norte e José D'Elboux que fundou a banda progressiva Tau Ceti, um ótimo tecladista com muitos trabalhos lindos.

Todos estes músicos são relevantes na arte de vanguarda nacional. Peço a todos que contribuam compartilhando e divulgando a obra dos mesmos. Também contratando e estimulando eventos onde eles possam mostrar sua magnífica arte ao povo viciado da mídia!!

MARCEL ROCHA...

O produtor musical Marcel Rocha faz música desde os anos oitenta em uma vasta gama de estilos tais como a música eletrônica, música brasileira, música experimental, gótica, ambient music e Live Looping. Mestre e Doutor em Música, Marcel já se apresentou em grandes festivais internacionais.

Em sua discografia se destacam lança-mentos pelos selos Sucu Music (Itália), Aural Films (EUA) e Mind Plug Records da Alemanha, bem como vários lançamentos independentes.

Tendo também trabalhado com trilhas musicais para curta, games, teatro, dança e blog, Marcel possui uma vasta gama de influências e as combina sempre de maneira particular e inédita.

ALAN FLEXA...

Nascido em Macapá, Alan Flexa é compositor, produtor e tecladista de música instrumental. 

Seu trabalho tornou-se notório dentro do estilo New Progressivo por conta de vários álbuns voltados à meditação, relaxamento e trilhas produzidos ao longo de sua carreira. Entretanto, suas músicas possuem elementos de vários outros estilos: Rock, Jazz, Clássica, World, Eletrônica e Minimalismo.

Influenciado pela música de Luciano Alves, Rick Walkeman, Patrick Moraz, Vangelins, kitaro, Jam Corcioli, entre outros e fascinado pelas possibilidades sonoras dos sintetizadores eletrônicos, aos 13 anos, iniciou seus estudos musicais no instrumento passando, em seguida, para a música popular e o Jazz. 

Em 1998, Flexa inaugurou o selo Symphony, alterando o nome para Zarolho Records (bastante conhecido pelas bandas do underground amapaense).

PATRICK WISHROWSKI ...

O carioca Patrick Wichrowski é tecladista, compositor e pesquisador sonoro (sintetista). 

Começou a desenvolver seus projetos pessoais de música eletrônica após abandonar o curso de teclado, aos 15 anos.Tornou-se autodidata e passou a estudar as obras de Johann Sebastian Bach, Vangelis, Rick Wakeman, Jean Michel Jarre e diversos outros músicos do rock progressivo. 

Sua música pode ser definida como “Rock Progressivo Eletrônico Sinfônico” e faz muitas referências aos “medalhões” do estilo da década de 70. Sem soar uma cópia ou um “genérico” destes, Patrick sempre procurou deixar evidente a sua personalidade musical e a sua coragem em não enveredar por caminhos sonoros óbvios. 

Em seus trabalhos procura resgatar sonoridades que se perderam na música atual. Sonoridades estas que remetem a um mundo onírico, mágico e a uma conexão com o Cosmos.

D'ELBOUX...

O paulistano J. Eduardo D'Elboux é engenheiro automobilístico e tecladista de rock progressivo, cujas tendências retomam a estética dos progressivos clássicos da década de 70, como Emerson, Lake & Palmer e U.K. 

Fundador da banda progressiva TAU CETI, D'Elboux também foi tecladista do grupo Moonshadow. A banda TAU CETI original, que era apenas instrumental, lançou um CD em 1995 pela Faunus Records/Brasil, numa produção independente. 

Também em produção independente, D'Elboux lançou em 1999, junto a banda Moonshadow, um CD independente, chamado Tales from Soul. D'Elboux não é músico profissional  mas a música é sua principal vocação.

ANTONIO DAS MORTES...

Márcio Prata conhecido como Antonio das Mortes, começou a produzir sons experimentais eletrônicos, com o desejo de viabilizar na música experimental, a exemplo de grandes músicos e projetos, a mudança de percepção, provocada pelo som, o que possibilita revelar uma identidade oculta em todos nós, como a psicopatia, mostrando o vislumbre destas alterações. 

Desde 1996 vem produzindo sons experimentais solo, os quais ele denomina Psychedelic Down.

VINÍCIUS BRAZIL...

Vinicius Brazil é engenheiro eletrônico e consultor, contando com mais de trinta anos de experiência nas áreas de Comunicação, Telefonia, Controle & Testes Industriais, Áudio Analógico e Digital assim como projetos especiais. 

Criador do “VBrazil Systems”, iniciativa única e pioneira no país que se dedica ao desenvolvimento de sintetizadores analógicos e modulares no formato tipo “eurorack”.


PLASTIQUE NOIR...
O Plastique Noir é uma banda de Fortaleza que abrange os gêneros pós-punk, gothic, darkwave, indie e rock, cuja formação atual conta com Airton S (voz e eletrônicos), Danyel Fernandes (guitarras e synths) e Deivyson Teixeira (baixo). Rapidamente ganhou projeção tendo sido convidada, já em seus primeiros meses, para a abertura da tour nacional da banda The Cruxshadows (EUA) e excursões pelo Nordeste e Centro-Oeste.

Naquele ano de estreia, a banda lançou dois trabalhos: o CD-R demo “Offering” (item bastante raro) e o EP “Urban Requiems” (hoje distribuído pelo selo alemão AF Music). Este EP ganhou elogiosas resenhas em prestigiados veículos de seu gênero, como a revista portuguesa Elegy Iberica e o site do crítico e pesquisador inglês Mick Mercer, referência mundial no universo gótico.

Em 2007, o Plastique Noir recebeu seu primeiro convite para um festival internacional (Wave Gotik Treffen, em Leipzig-Alemanha), dando início à produção do seu primeiro álbum oficial, intitulado “Dead Pop” (Pisces Records-SP), lançado no ano seguinte. Realizou uma grande tour que durou quase três anos, por quase todas as regiões do Brasil (capitais e interior), tendo passado por inúmeros festivais renomados .

Em 2010, a banda abriu a única data do Frozen Autumn (Itália) no Brasil e, no fim daquele ano, deu início à produção de seu segundo álbum, intitulado “Affects”, com lançamento em 2011 pela Wave Records (SP) e distribuição internacional.


Em 2014, dão início à produção de seu terceiro álbum, intitulado “24 Hours Awake”, com lançamento em fevereiro de 2015, novamente pela Wave Records.

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*Amyr Cantusio Jr. é músico piano, teclados e sintetizadores) compositor, produtor, arranjador, programador de sintetizadores, teósofo, psicanalista ambiental, historiador de música formado pela extensão universitária da Unicamp e colaborador da Revista Keyboard Brasil.


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