quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Psycothronic Especial

GRANDES  TECLADOS  E  TECLADISTAS  DO ROCK!

TERRITÓRIO VASTÍSSIMO A SE EXPLORAR... ESSE MÊS FALAREI DA INSERÇÃO DOS TECLADOS NO ROCK DESTACANDO, EM ESPECIAL, A BANDA SOM NOSSO DE CADA DIA.
* Por Amyr Cantusio Jr.

INCLUSO CD LINK
SENHA: MURO
De certo não vai dar para mapear minuciosamente este artigo. Então partiremos da premissa em que a inserção dos teclados no rock mudou em muito sua estrutura.

Começando com os pianos de Little Richard e Jerry Lee Lewis que, com uma técnica primitiva, porém arrasadora, um misto de jazz, blues e country, conseguiram mudar e desbancar – em parte – a guitarra do centro das atenções.

Mas a coisa foi ficando mais quente quando o mellotron [instrumento de teclados orquestral] foi colocado pela primeira vez em cena, no som do grupo  inglês The Moody Blues. Isto por volta de 1966. A partir de então, os Beatles utilizariam cravos, pianos elétricos, o recém-criado Mini Moog – entre outros sintetizadores – em sua música.

No grande desfecho de 1967-1978 surgiriam 'às pencas' bandas que se utilizariam destes instrumentos em larga escala. Principalmente as de rock progressivo, acid rock, kraut rock, eletrônicas e hard rock.

Keith Emerson e Jon Lord [respectivamente The Nice e Deep Purple] inauguraram a era dos virtuoses eruditos no piano e hammond organ, seguidos de  Vincent Crane [Atomic Rooster] e Ken Hensley [Uriah Heep], bem como Rick Wakeman [Yes], Rick Van Der Linden [Trace], Richard Wright [Pink Floyd], Hugh Banton [Van Der Graaf Generator], Kerry Minnear [Gentle Giant], Klaus Schulze [Ash Ra Temple, Tangerine Dream e uma estupenda carreira-solo], além de Edgar Froese, Christopher Franke, Peter Baumann, Johannes Schoemelling e Michael Hoenig atuando no lendário Tangerine Dream, uma das poucas bandas a se utilizar em massa quase que somente os sons de sintetizadores. 

Ainda temos Ed Jobson [Zappa, U.K., Jethro Tull] Michael Quatro [irmão da Suzi Quatro], Jurgen Fritz [Triumvirat], David Greenslade [Greenslade], entre outros monstros. 

Os teclados principais utilizados neste período são as variações do Mini Moog (criado em 1968 na forma de teclado, detonado por Keith Emerson, Walter Carlos e George Harrison-pioneiros), Hammond C3 e B3 [órgãos], Mellotron, Arp Strings Odissey, Elka Arp Strings, Farfisa Organ, VC3 Choral Voice Oscilator, Fender Rhodes Electric Piano e Acoustic Grand Piano. 

Algumas bandas regidas pelo magnífico teclado [para citar algumas das mais importantes]: Genesis, Gentle Giant, Yes, Pink Floyd, Van Der Graaf Generator, Procol Harum, Uriah Heep, Deep Purple, Tangerine Dream, Popol Vuh, Atomic Rooster, Triumvirat, Kraftwerk, Jean Michel Jarre, Vangelis, Kitaro, Deuter, Cluster & Eno, Greenslade,Synergy (Larry Fast) e Klaus Schulze.

No rock progressivo da Itália, França, Alemanha e Argentina – principalmente nesta época – somam-se mais de 2 mil grupos calcados nos teclados. Basta ter paciência e pesquisar. E, agradecer ao pai do piano, o italiano Bartolomeu Cristofori [por volta de 1709], a criação de tão maravilhoso instrumento, que foi o elo do antigo cravo com os atuais sintetizadores: o piano.

Para citar o Brasil, temos  o grupo Som Nosso de Cada Dia com o maravilhoso álbum SNEGS de 1974, o qual o LINK CD deste mês presenteia os leitores na íntegra!

Som Nosso era liderado pelo MANITO (ex-Incríveis, falecido em 2011) tecladista, violinista e saxofonista virtuose que neste disco destrói magnificamente Moogs, Hammonds,Violinos e Sax!!!

Em bandas nacionais temos Casa das Máquinas, Terreno Baldio, Spectro, Tellah, Som Imaginário, Modulo 1000, Quantum, III Milenio, Moto Perpétuo (do exuberante Guilherme Arantes), Alpha  III, e tantos outros...

Território vastíssimo a se explorar. Aqui nesta matéria fica só o pontapé inicial para os interessados! 

Feliz Natal e grande 2017 para todos!!
The Moody Blues – 1970
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*Amyr Cantusio Jr. é músico piano, teclados e sintetizadores) compositor, produtor, arranjador, programador de sintetizadores, teósofo, psicanalista ambiental, historiador de música formado pela extensão universitária da Unicamp e colaborador da Revista Keyboard Brasil.



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