segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Jeff Gardner - Um norteamericano de alma brasileira

A PARTIR DESTE MÊS, A REVISTA KEYBOARD BRASIL CONTA COM MAIS UMA GRANDE COLABORAÇÃO: O PIANISTA, COMPOSITOR  E ESCRITOR NASCIDO EM NOVA YORK E RADICADO NO BRASIL DESDE 2002. BEM VINDO MESTRE!

* Por Heloísa Godoy Fagundes

Jeff Gardner é pianista, compositor e escritor nascido em Nova York e radicado no Brasil desde 2002. Suas influências passam pelo clássico, jazz e, principalmente, pela música brasileira. Sua clareza ao lidar com a música brasileira e nossos ritmos como afoxé e baião surpreendem, confundindo o ouvinte a respeito da origem do próprio artista.

O músico estudou com nomes lendários do universo jazzístico, entre eles, John Lewis, Don Friedman, Jaki Byard Hall Overton e Charlie Banacos; piano erudito com Ruth Schontal e tomou aulas de harmonia com Nadia Boulanger. Seu interesse pela música brasileira foi intensificado através das inúmeras vindas ao Brasil, onde teve oportunidade de tocar e gravar ao lado de Hermeto Pascoal, Victor Assis Brasil, Paulo Moura, Hélio Delmiro, Mou Brasil, João de Aquino, Nivaldo Ornellas, Pascoal Meirelles, Teo Lima, Dori Caymmi, Carlos Balla, Mauricio Einhorn, Arismar do Espirito Santo, Alberto Continentino, Nelson Veras, entre outros.

Jeff se apresentou como artista solo e com seu trio nos principais festivais de jazz e centros culturais tais como Nice Jazz Festival, Drum Jazz Festival, Groningen Jazz Days, Jazz a la Defense, Festival de Saint Raphael, Martinique Jazz Festival, Prague Jazz Festival, Slovak Philharmonic, Centre des Arts (Guadeloupe), IRCAM (Centre Pompidou - Paris) e concertos em solo e trio para as rádios nacionais da França, Alemanha, República Checa, República Eslovaca e Polônia.

Em 1985 criou o Quarteto de Pianos com Martial Solal, Jaki Byard, e Paul Bley em Le Havre, França. Em 1996, realizei uma turnê de três semanas dos Blue Note Clubs de Osaka, Tokyo, e Fukuoka com seu trio incluindo Nenê na bateria, Youcef Boukella no baixo, junto a cantora japonesa-paulista Lisa Ono. Jeff representou o Brasil no Festival Jazz em Lima, no Perú, por duas vezes com patrocínio do Itamaraty e do Ministério da Cultura.

Como compositor, compôs “Voltas”, um concerto para piano e orquestra, que tocou como solista na Fundação das Artes de São Caetano do Sul em 1999.


Jeff se apresentou em importantes festivais no Brasil como Recife Jazz, Baiacool Jazz, Festival de Música Instrumental (Salvador), Brasilia Jazz Festival, Festival Dragão do Mar, Ipiranga Live Jazz, Tim Jazz Valadares e Monterey Jazz (no Maracanãzinho com Victor Assis Brasil) e deu recitais em piano solo em salas tais como: Teatro Calil Hadad (Maringa), SESC Paulista, SESC Pompeia, Sala São Paulo, Centro Cultural São Paulo, Teatro Carlos Gomes, Teatro José Alencar (Fortaleza), Teatro Arthur Azevedo (São Luiz) e Casa Thomas Jefferson.

Entre os artistas de jazz com quem Jeff tem se apresentado inclui-se também Freddie Hubbard, Eddie Harris, Steve Lacy, Kenny Wheeler, André Ceccarelli, Charlie Mariano, Lars Danielsson, Hein van de Geyn, Norma Winstone, Youcef Boukella, Karim Ziad, Flavio Boltro, e Alfredo Rodriguez. Sempre aberto a novos sons, formou o duo “Blind Data” misturando jazz e “new music” com Andrew Schloss no radio drum. Seu CD “Sky Dance” foi gravado no Rio de Janeiro ao lado de músicos brasileiros e com a participação especial de Gilberto Gil como vocalista. 

Seus 18 discos solo incluem “Continuum” com Eddie Gomez e Billy Hart, “Alchemy” com Gary Peacock, “Second Home” com Rick Margitza e “Spirit Call”, em solo. “Noches Habaneras” foi gravado em La Habana, com Felipe Cabrera, Julio Barreto, Maraca Orlando Valle, Anga Dias e Diego Valdes. “The Music of Chance” é inspirado pelos livros de Paul Auster e conta com a participação de Rick Margitza, Ingrid Jensen e Drew Gress. “Street Angels” é o seu segundo CD brasileiro também gravado no Rio. Outros lançamentos recentes são “Abraços” em trio com Carlos Balla e Alberto Continentino - com ritmos como samba, baião, e afoxé, e “Breath" e “Lovelight”, ambos em trio com Drew Gress e Anthony Pinciotti. Jeff lançou um CD com letra e música próprias, “Home is a River”, em duo com a Jane Duboc. Em preparação são os  CD's “Chorando Jazz”, de chorinhos compostos por Jeff, com Sergio Krakowski, pandeirista do grupo Tira Poeira, “Carrapicho” Cleber Rangel, bandolim, e Pedrinho Franco, violão 7 cordas. e “Sintonia”, em homenagem ao mestre Johnny Alf, com Teo Lima na bateria e Adrian Barbet no baixo, interpretando músicas em partituras entregues em mãos pelo próprio compositor.

Fortemente envolvido no ensino musical, Jeff foi professor na New York University e ministra workshops e masterclass em muitos países. Lançou um método completo de técnica pianística e improvisação - JAZZ PIANO: CREATIVE CONCEPTS AND TECHNIQUES (500 pg + CD), e os livros - BLUES BOOK, SENTIMENTO BRASILEIRO, SHAPES e EASY JAZZ PRELUDES, todos editados pelas Editions Henry Lemoine, Paris. Jeff também é co-autor com Niels Lan Doky de JAZZ TRANSCRIPTION (Advance Music) e escreveu vários artigos sobre jazz e música brasileira para a Keyboard Magazine (USA).

Este ano, Jeff lançou 4 novos livros didáticos incluindo HARMONIA DA MUSICA POPULAR VOL. 1 - CICLOS, HARMONIA DA MUSICA POPULAR VOL. 2 - CADÊNCIAS E SEQUÊNCIAS HARMÔNICAS e CONCEITOS HARMÔNICOS PARA BAIXO. Também lançou no Brasil através das Edições Irmãos Vitale o livro, BLUES WORKSHOP. Jeff também lançou uma coletânea de peças para piano solo - "Radamesianas, Noturno e Paco y Cameron". 

Jeff Gardner é o mais novo ilustre colaborador a entrar para o time da Revista Keyboard Brasil. Leia, a seguir, a entrevista exclusiva.

ENTREVISTA...
Revista Keyboard Brasil – Por que escolheu o Brasil para viver e porque seu interesse pela música brasileira?
Jeff Gardner – Me cativou a música brasileira através das músicas de Tom Jobim e Milton Nascimento. Conheci o trabalho do Milton no disco "Native Dancer", do Wayne Shorter - o que, até hoje me parece um dos mais perfeitos casamentos da música brasileira com a norte-americana. Vim para o Rio pela primeira vez em 1980 e nessa primeira viagem conheci Vitor Assis Brasil, que me convidou a participar do grupo dele com Clark Terry, Slide Hampton e Richie Cole no Monterey Jazz Festival no Maracanãzinho lotado. Foi uma coisa bem mágica - não sabia do festival e não conhecia Vitor pessoalmente quando cheguei - e em de três semanas lá estava eu no mesmo palco que McCoy Tyner, Pat Metheny, Egberto Gismonti e Naná Vasconcellos com aquela plateia carioca incrível. Me apaixonei pelo povo, pela música e pelo lugar e, depois de 20 anos na "ponte aérea", resolvi ficar de vez. Nesse tempo, eu tenho tocado com muitos músicos brasileiros incríveis e aprendido muito sobre os estilos musicais diversos nas minhas viagens pelo Brasil.

Revista Keyboard Brasil – Você vive no Brasil há 15 anos. Enquanto muitos músicos brasileiros discutem o desinteresse geral pela cultura no Brasil que ocupa um lugar cada vez menos importante no cotidiano nacional, o que você, como grande músico e nascido nos Estados Unidos da América pensa sobre isso?
Jeff Gardner – Triste é de constatar que o espaço para a música criativa tem se reduzido bastante em relação aos anos 80. Tem menos espaços para tocar, menos dinheiro e menos espaço na mídia. Existe o problema interligado da falta enorme de investimento na educação - a rede pública está sucateada e parece que é isso que o governo quer - manter o povo na ignorância e a educação de qualidade só para as poucas pessoas que têm como pagar estudos na rede particular. E a rede pública de saúde está na mesma situação. Devo dizer que a turma do Trump nos USA está fazendo exatamente a mesma coisa - ou seja, isso não é um problema exclusivamente brasileiro.  Acho lindo as sociedades tradicionais africanas, infelizmente a maioria em vias de extinção - onde a música faz parte integral da vida cotidiana, não como mercadoria, mas como necessidade espiritual. Uma coisa similar ainda existe de uma certa forma em certos lugares do interior do Brasil, mas a força do dinheiro nos leva a um empobrecimento da vida cultural. Isso dito, a nova geração de músicos brasileiros tem uma força criativa incrível. Citando mestre Eduardo Galeano, quando lhe perguntaram se existe uma crise de criatividade: "Não existe crise de criatividade, porém as manifestações de arte criativa estão cada vez mais confinadas aos espaços pequenos". 

Revista Keyboard Brasil – Quais as lembranças mais remotas de sua infância com a música. O que você ouvia?
Jeff Gardner – Tive a benção de ter tido pais altamente musicais - a minha mãe Iljana era formada como professora de piano e o meu pai Edward tocava violino e violão e cantava lindamente coisas de Blues e Folk. Ele embalava o meu sono com a voz e o violão. Tinha ensaios de um grupo vocal que cantava música medieval toda quinta-feira na nossa sala, e eu cantava junto bem cedo. Estudei piano erudito desde os 5 anos de idade com uma grande professora judia-alemã - Ruth Schontal. Tinha muitos discos em casa e eu ouvia de tudo - música erudita,  blues, rock e jazz. Minha mãe me deixava ir sozinho pegar o trem do nosso subúrbio para New York City para ouvir os grupos de rock, blues e jazz, principalmente no Fillmore East. Isso foi de uma importância primordial para mim. Voltava para casa no "trem do leite" na alta madrugada com a cabeça e a alma cheias de música. 

Revista Keyboard Brasil – Quais foram os pianistas quer mais influenciaram sua maneira de tocar o piano? 
Jeff Gardner – Olha - são tantos! No piano erudito ainda escuto muito Glenn Gould, Horowitz, Rubinstein. No Blues, meu primeiro ídolo era Otis Spann, pianista do grupo de Muddy Waters. Aos 13 anos, minha mãe me apresentou 3 discos  - "Solo Monk", "Take Five" de Dave Brubeck e "A Love Supreme", de John Coltrane, com a grande McCoy Tyner no piano. Tocava as coisas do Brubeck de partitura e tocava Blues profissionalmente desde os 12 anos de idade mas, a improvisação de jazz eu tive que estudar muito tempo. Posso dizer que os meus professores de piano-jazz foram todos grandes influências - John Lewis, Jaki Byard, Don Friedman e Charlie Banacos.  Bill Evans, Bud Powell, Keith Jarrett, Gonzalo Rubalcaba e Herbie Hancock também me influenciaram bastante, mas sempre tive o cuidado de não copiar um pianista em particular e desenvolvi, desde cedo, meu lado compositor, o que acho importantíssimo para os jovens músicos para definir sua própria linguagem e jeito de tocar. Amo também o jeito brasileiro de tocar piano - Amilton Godoy, Luiz Eça, Johnny Alf, Donato, Hermeto, Tenório Jr. e Cesar Camargo Mariano - todos maravilhosos. Tento misturar isso tudo para criar minha própria "culinária" musical.

Revista Keyboard Brasil – O que significa a música para você?
Jeff Gardner – A música é o meu caminho espiritual - tentar ser uma pessoa melhor e de trazer alegria e consolo para os ouvintes. A música é a única linguagem verdadeiramente universal e tem um poder enorme de transformar a vida das pessoas. Quando entro no palco é coisa muito séria - muita responsabilidade para dar o meu melhor e tentar levar a plateia para um plano mais alto de consciência. 

Revista Keyboard Brasil – Em sua opinião, o que caracteriza um excelente pianista?
Jeff Gardner – Uma técnica bem desenvolvida, conhecimento profundo de vários estilos musicais, sensibilidade, imaginação, ousadia e abertura de espírito.

Revista Keyboard Brasil – Você possui vários trabalhos em diferentes estilos. Como é seu processo de composição? 
Jeff Gardner – Não sei explicar - às vezes a música surge como homenagem a uma pessoa - como as minhas "Radamesianas", onde invoco o grande mestre sem procurar copiar o seu estilo. Gosto muito de misturar ritmos brasileiros com uma harmonia jazzística - às vezes com mais acordes alterados e uma maior liberdade de tonalidade e movimentos de baixo. Os meus "24 Jazz Preludes", que ainda não lancei em disco, somente em partitura, representam um síntese de diversas influências - o repertório para piano do Século XX, Jazz, Brasil e Cuba. Me fascina a ideia de "metalinguagem" - uma linguagem que utiliza várias fontes para criar uma música sem fronteiras que fala direto ao coração. Mas creio que criar música é um grande mistério - não sei de onde vem a minha música!

Revista Keyboard Brasil – Você também é bastante reconhecido por seu envolvimento no ensino musical. Em sua lista de ex-alunos estão vários pianistas de renome, incluindo Jacky Terrasson, Diogo Monzo e Laurent de Wilde. Conte-nos um pouco sobre esse seu engajamento e se desejar, deixe seu contato para os músicos.
Jeff Gardner – Alguém diz que ensinar - compartilhar o seu saber, é a melhor forma de garantir sua imortalidade. Fico muito feliz de estes e outro alunos tenham aproveitado tão plenamente o conhecimento que lhes passei - assim a música continua desenvolvendo. Sempre reverenciei os meus professores de música - devo tudo que consegui a eles e a elas, e acho que este respeito que mostramos para quem nos ensina o ofício de música é uma base importante para continuar progredindo como músico e como pessoa. No yôga (sou praticante assíduo faz mais de 10 anos) chamamos isso de "Puja", ou retribuição ética de energia.

Revista Keyboard Brasil – Seu livro Jazz Piano: Creative Concepts and Techniques foi lançado pela maior editora francesa de música, a Editions Henry Lemoine, e é considerado por muitas autoridades como o melhor livro sobre o assunto. Existe sua versão em língua portuguesa?  Fale sobre o porque da escolha em escrever sobre o assunto.
Jeff Gardner – Este livro eu levei 6 anos para escrever e 40 anos para pensar. Na realidade, não é um livro somente para pianistas, mas um guia da harmonia e improvisação da música moderna para qualquer instrumentista. Dave Liebman gostou muito do livro e me falou - "Jeff, você deu 6 livros em um só para o editor"! Do ponto de vista comercial talvez teria sido melhor dividir, mas aí perderia as correspondências e a interligação entre os capítulos. O livro tem 12 capítulos, igual os 12 sons da escala cromática e as 12 horas na face do relógio. Coloquei muitas coisas sobre a harmonia do século XX aplicada ao jazz - politonalidade, pandiatonicismo, dodecafonismo, estruturas interválicas etc. mais também todo o "arroz e feijão" da harmonia popular vista de uma forma concreta, prática e de aplicação fácil à música popular. E inclui muitos exercícios lineares - arpejos, escalas diminutas, escalas pentatônicas, e técnicas modais que podem ser executados em qualquer instrumento de sopro ou de cordas. O livro é em francês e inglês. Gostaria muito de tirar uma edição em português-espanhol, mas infelizmente o editor não tem interesse em fazer, além disso, é dono dos direitos para com o mundo inteiro.

Revista Keyboard Brasil – Este ano você lançou 4 livros. O Harmonia da Música Popular vols. 1 & 2, Harmonic Concepts for Bass e Blues Workshop (este último lançado pelas Edições Irmãos Vitale). Conte-nos sobre eles. Onde os leitores podem adquirir seus livros?
Jeff Gardner – Estes livros estão todos disponíveis no meu site - www.jeffgardner.com.br e em algumas livrarias como a Freenote em São Paulo e Arlequim e Musical Carioca no Rio. Eu escrevi os livros Harmonia da Música Popular vols. 1 e 2 para aprofundar certos conceitos do "Jazz Piano" dos mais essenciais e universais e para adequar ainda mais estes conceitos a todos os instrumentos com muitos exemplos lineares. O primeiro volume - "Ciclos", trata principalmente do ciclo das quintas/quartas mas também ciclos de terças. Cada par de acordes é apresentado em acordes em blocos escritos para piano - com "voicings" simples para facilitar a leitura e execução no piano para instrumentistas que não sejam pianistas e a maior parte do livro são linhas melódicas atravessando o ciclo reproduzindo o mesmo desenho em todas as tonalidades. Também inclui tabelas de visualização de acordes de sétima  sobrepostos e "upper structure triads" - as triades sobrepostas que nos permitem  organizar as alterações do acorde de sétima dominante. Eu inclui linhas melódicas, ou solos escritos, na "Autumn Leaves" e "All the Things You Are", duas músicas exemplificando a utilização do ciclo das quintas. O volume 2 - "Cadências e Sequências Harmônicas", trata dos elementos mais utilizados na música popular - incluindo o badalado II V/ I mas também II IV/I, cadências Gospel, cadências bitonais, sequências harmônicas em tonalidades menores, maiores, dominantes e sus4, e devido aos pedidos de vários alunos meus, outras 12 linhas melódicas sobre grandes standards de jazz e o "Barquinho", de Roberto Menescal. Cada música está analisada detalhadamente, para mostrar como estes conceitos formam a base da composição popular. Também falo de notas de aproximação e de passagem - a melhor maneira de enriquecer suas linhas improvisadas. Para quem é pianista, apresentei muitos exemplos de cadências e sequências em "jogadas" rítmicas. Isso é uma maneira bem divertida de estudar e permite uma aplicação rápida aos estilos tais como jazz, samba, baião e salsa. Os dois volumes também contém listas de músicas para análise e exercícios de composição focando diversos conceitos apresentados. Com o domínio deste material o aluno poderá acompanhar e improvisar "de primeira" a grande maioria das musicas populares. O "Harmonic Concepts for Bass" funciona como "companheiro" dos dois volumes de "Harmonia da Musica Popular". É um livro só de "walking bass" - a base do acompanhamento de jazz. Os ciclos, cadências e sequências estão apresentados sobre 2 e 4 compassos, e podem ser tocados por pianistas com a mão esquerda com os acordes da "Harmonia da Musica Popular" na mão direita. Coloquei linhas sobre formas de blues bebop, "Rhythm changes" e alguns standards de jazz. Todas estas linhas de baixo também servem para violão ou guitarra, tuba, cello, trombone, etc.  O livro "Blues Workshop" é um mosaico de linhas de baixo, acordes, escalas, padrões melódicos e melodias originais minhas sobre as formas mais básicas de blues em 12 e 8 compassos. O Blues é a mais versátil das musicas - estas formas estão apresentadas com diversos ritmos tais como Rock, Funk (não a Carioca!), New Orleans e o "Shuffle Beat" do Blues tradicional. Ganhei duas contracapas maravilhosas dos amigos Nelson Faria e Antonio Adolfo, e mais uma capa linda com um quadro original da minha irmã Lisa, que forneceu as imagens de capa para todos estes livros. Utilizei alguns destes materiais na minha primeira video aula "Blues Workshop" - no site www.masterstricks.com. Vou continuar lançando videos sobre Blues e um novo curso sobre "Harmonia da Musica Popular" pelo mesmo site. É super bacana saber que as pessoas ao redor do mundo estão aproveitando as minhas aulas pelo internet. Devo lançar os livros de harmonia, que já tem versão impressa "in English" também, em "print on demand" e talvez em ebook. 

Revista Keyboard Brasil – Tem em vista outros projetos? 
Jeff Gardner – Muitos! Comecei a gravar meu tributo ao grande mestre Johnny Alf - "Sintonia", com Adrian Barbet e Teo Lima. Quero gravar até o ano que vem "Chorando Jazz". Estou preparando um programa de recital e gravação de CD's de um repertório "erudito" de peças minhas todas escritas, com as Radamesianas, Children's Songs, Songs of Innocence e os 24 Jazz Preludes. Também tenho um projeto audio-visual chamado "Piano Brasileiro" sobre grandes pianistas populares brasileiros. A música continua a evoluir e cada dia traz novas descobertas.

Revista Keyboard Brasil – Gostaríamos de agradecer imensamente por nos dar a honra em fazer parte de nosso time de colaboradores agregando mais conhecimento musical para nossos leitores.
Jeff Gardner – Eu que agradeço o convite. Parabéns pelo seu trabalho de divulgar a boa música.


AGENDA...
27 Setembro – CCBB, Rio de Janeiro.
15 Outubro – Sala Baden Powell, Copacabana, Rio de Janeiro.
07 Dezembro – Centro de Referência da Música Carioca.

SAIBA MAIS SOBRE JEFF GARDNER:

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* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost writer e esportista. Há 20 anos no mercado musical através da Keyboard Editora e, há 10 no mercado de revistas, tendo trabalhado na extinta Revista Weril. Atualmente é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil - publicação digital pioneira no Brasil e gratuita voltada à música e aos instrumentos de teclas.












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