sábado, 26 de março de 2016

Antes de pensar no sucesso, ame a MÚSICA!!!

DESEJAR O SUCESSO NÃO É O PROBLEMA. PRINCIPALMENTE QUANDO TRABALHAMOS NO QUE NOS DÁ PRAZER. MAS A DEDICAÇÃO EXCLUSIVA PELO SUCESSO A QUALQUER CUSTO JÁ RENDEU EXEMPLOS DESASTROSOS NA HISTÓRIA DA MÚSICA. VAMOS REFLETIR UM POUCO? LEIA O TEXTO!

* Por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa

O sucesso dos Beatles era tamanho que foi criado 
um termo denominado ‘beatlemania’ para descrever 
o intenso frenesi de seus fãs, demonstrado 
principalmente por garotas adolescentes, nos 
locais em que a banda se apresentava durante seus 
anos iniciais de sucesso. O termo adquiriu um 
significado mais amplo, referindo-se ao forte 
interesse mundial pela banda.

Nestes 14 anos editando minha revista Ritmo Melodia fiz contato com vários músicos; os que entrevistei ou não e percebi que muitos músicos amam mais o sucesso do que a própria música: os que já chegaram ao sucesso e aqueles que ainda nem começaram subir a montanha.

Muitos não dão importância à arte musical. Não se preocupam em ter uma formação musical, seja teórica, histórica, estética ou filosófica. Acreditam que nasceram com o DOM musical e isso já basta. Estudar para quê? Isso é coisa para os músicos eruditos; que vivem nas cavernas e labirintos dos sons complexos e que não sonham com a fama nem com suas músicas tocando nas FMs, muito menos gostariam de aparecer nos programas de TV. 

Para alguns que fazem música popular, o importante é ser ídolo. Querer ter êxito na profissão é legítimo e ganhar o sustento e ser reconhecido pelos frutos do próprio trabalho é digno. Desejar o sucesso não é o problema. Principalmente quando trabalhamos no que nos dá prazer. Mas a dedicação exclusiva pelo sucesso a qualquer custo já deu exemplos desastrosos na história da música; tragédias, problemas com a polícia, com a justiça e tratamento psiquiátrico. O deslumbramento quando vem antes de uma obra musical consistente é o grande “Calcanhar de Aquiles” do músico.

Na história da música erudita também existiram e existem os egocêntricos, megalomaníacos e pescadores da fama. Mas estes músicos, de alguma forma, amam a arte musical, seja por vocação ou por dedicação exaustivas aos estudos. Da mesma forma que existem músicos populares que se dedicam aos estudos da música e do seu instrumento musical. Mas, a maioria que não lê biografias de músicos ou livros sobre a história da música; repetem os erros do passado, ao invés de corrigir-los. E, quem não conhece o passado não evolui no futuro.

O sucesso midiático espontâneo é uma ilusão e, para atingir este sucesso a qualidade da obra musical é o que menos importa. No passado, o músico recebia cachê para se apresentar em programa, de auditório, tanto na na Rádio quanto na TV. Hoje, quem quiser ter a sua música na mídia (Rádio e TV) paga um jabá bem caro. Alguns músicos ingênuos sonham com a sorte de ouvir suas músicas tocando gratuitamente nas rádios. Alguns músicos vão pagar “mico” em programas dominicais mostrando a sua arte.

Na internet ainda existem espaços que não cobram ao músico para divulgar a sua obra, por enquanto. Em breve, acredito que adotarão a metodologia mercadológica das Rádios e TVs. Quem não faz música como arte, mas só como entretenimento, ama mais o sucesso que a arte musical. O músico que ama a música e faz música como uma expressão artística já atingiu o sucesso por deixar a sua obra musical para os contemporâneos e para futuras gerações. O êxito profissional do músico é conquistado degrau por degrau como em qualquer profissão. Ter uma obra importante e atemporal é o grande desafio.

O músico é um profissional liberal, autônomo e empreendedor. Responsável pelo planejamento da gravação das suas músicas, a prensagem do seu disco (CD), a distribuição online e física do seu CD. E, principalmente, por manter o contato direto com seus ouvintes. Recebe elogios, críticas por e-mail, redes sociais e outros aplicativos de bate papo em tempo real.  É preciso descer do trono intocável de ser “O Artista”. O músico que no passado fazia sucesso por sua áurea misteriosa e divina já não tem mais espaço no mundo cibernético. Seja músico sem deixar de ser humano. Seja simples e não simplório. Seja mais músico do que artista.

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*Antonio Carlos Da Fonseca Barbosa é jornalista, músico, letrista e poeta paraibano criador da revista online Ritmo Melodia com o intuito de divulgar a música popular, regional, instrumental e erudita, além de músicos - brasileiros ou não.




O sotaque flamenco de RUBÉN DE LIS

ATENDENDO AOS MUITOS PEDIDOS A REVISTA KEYBOARD BRASIL A PARTIR DESTE MÊS ABRE UMA SEÇÃO ESPECIAL PARA AQUELES QUE NÃO TOCAM INSTRUMENTOS DE TECLAS. QUER SE MOSTRAR PARA O MERCADO? MOSTRAR SEU TRABALHO? FAÇA COMO O GUITARRISTA RUBÉN DE LIS!
* Heloísa Godoy Fagundes


Rubén de Lis nasceu na cidade de Vigo, Galícia, na Espanha. Aos 9 anos de idade já cantava no coral da igreja. Aos 13 anos matriculou-se no conservatório e começou a estudar música clássica no piano e também harmonia.

Aos 15 anos e já interessado pela guitarra mudou-se para Madri matriculando-se na Escola de Música Criativa (EMC), onde aprendeu Flamenco Fussion e Harmonia Moderna. Paralelamente, com grande habilidade para a guitarra tornou-se músico profissional realizando shows e gravando em estúdio, percorrendo toda Espanha e parte da Europa acompanhando várias bandas e artistas. 

Desse momento em diante, sua carreira não parou. Músico premiado no ano 2013 como um dos 12 guitarristas da Espanha para formação e apresentações ao vivo no projeto "DESNUDOS DE ETIQUETAS" produzido por RDM EDITORIAL ESPANHA apresentando vários estilos como Jazz, Rock, Blues, Flamenco, Bossa Nova, entre outros. Também trabalhou na TV Galícia. E, assim, Ruben de Lis percorreu o mundo da Espanha, passando para Dubai, Marrocos, Suíça, Áustria, França e Portugal até chegar ao Brasil. 


Em terras tupiniquins passou a se apresentar como cantor e guitarrista em vários shows, além de ministrar workshops, onde toca músicas de todos os seus discos com uma característica muito versátil e empolgante com seus pedais de efeitos. Sozinho faz todo tipo de sons e acompanhamentos (baixo e bateria) tudo em tempo real agitando o público, de uma maneira bastante peculiar. 

Rubén de Lis também é colunista mensal da revista brasileira instrumental Som em Campo, com uma coluna sobre Flamenco. A seguir, sua discografia.

Saiba mais sobre Rubén de Lis:
https://twitter.com/rubendelis
https://www.facebook.com/RubenDeLis/
https://www.youtube.com/user/marruanovich

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* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost Writer, há 10 anos no mercado musical de revistas. Já trabalhou na extinta Revista Weril e agora é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil - publicação digital pioneira no Brasil e gratuita voltada à música e aos instrumentos de teclas.



BABY SHOES - Primeiro álbum autoral 
de Paulo Moreira

TODA A MATURIDADE DE UMA OBRA PRIMA É ENCONTRADA NO DISCO DE ESTREIA DO MULTI-INSTRUMENTISTA - UM TRABALHO MUITO BEM COMPOSTO, ARRANJADO, GRAVADO E MIXADO!
Da Redação

Sobre o CD...

Baby Shoes começou a ser gravado em 2008, no estúdio Batucadas 1000 de Marcelo Domingos, onde Paulo Moreira captou as guias das músicas. Em seguida, partiu para captação de cozinha e a gaita de Joe Cirullo no estúdio de Jorge Peña (lendário percussionista de Mercedes Sosa), onde captou também baixos e baterias. A partir daí partiu para a captação de teclados onde foi acolhido com toda generosidade pelo grande Adriano Magoo (Zeca Baleiro) que gravou grande parte do disco. Para outros teclados teve sorte de ter André Arroi, captando no home studio de Mirton de Paula. Em seguida, conheceu Nando Pires, conhecido guitarrista de Araras.  Resultado: gravou as guitarras em seu estúdio e contou também com sua participação six stringuiana!! Posteriormente, precisou de mais alguns amigos que o assistiram maravilhosamente nos saxofones: Maurício Mohamed e Marcelo Monteiro (dois tenores). Captados no home Studio de Rogério Rochlitz, mais um gênio que gravou duas faixas. O disco foi produzido por Paulo Moreira e mixado também pelo músico e por Rogério Rochlitz. Masterizado por Rogério Rochlitz.  Ao todo, esse trabalho passou por 6 estúdios. O CD, com 10 composições conduzem o ouvinte a 46 minutos por uma viagem musical! Experimente!

Sobre o autor...
Fotos: Luis França

O multi-instrumentista (prioritariamente contrabaixista), produtor, arranjador e compositor, Paulo Moreira nasceu em Ipirá – Bahia, mudou-se para a periferia da zona Sul da cidade de São Paulo com a família aos três anos de idade. Vindo da pulsante escola da Black Music, a qual foi apresentado nos tempos de criança por seus pais, somou a esse estilo o Blues e o Jazz. O Rock surgiu também bem cedo e, aos 14 anos de idade, ganhou seu primeiro contrabaixo. Assim, Paulo constituiu uma miscigenação musical muito rica. Desde então, se reconheceu como músico passando a tocar na noite de São Paulo, em bares no Bexiga, Bela Vista, Vila Madalena...  E, em aprendizado autodidata. 

Hoje, com mais de 20 anos de carreira, tem uma bagagem para lá de interessante. Relevantes e duradouras experiências profissionais com grandes artistas da música brasileira e internacional estão em seu currículo, tais como: Ben Charles, Tatá Erê, Kiko Zambianchi, Batucada Phoderosa, D. Drumm Elétrons, Sergio Buneka, Banda Rosemary's Garden (CA), Lamparina Lazer, Ortinho (part. Arnaldo Antunes, Chico Cezar, Zeca baleiro), Arnaldo Antunes, Chico Cezar, Zeca baleiro, banda Reciclagem, banda The3 (prod. Roy Cicala), Kamau, Marcelo D2, Marquinhos Moura, Rogério Rochlitz, entre outros inúmeros nomes e bandas de diversos estilos musicais. No momento, lançando seu primeiro disco solo autoral de música instrumental ‘‘Baby Shoes’’ (produzido pelo próprio).   



Saiba mais sobre Paulo Moreira:






O QUE ESTAMOS FAZENDO COM A CLASSE MÉDIA?PARTE FINAL  

O QUE TEMOS EM COMUM COM OS SOFISTAS GREGOS DO PASSADO? LEIA A SEGUNDA PARTE DO TEXTO DO PROFESSOR BERSOU!

* Por Luiz Bersou

A RESPOSTA À 7ª PERGUNTA
A 7ª pergunta foi: qual é a questão mais forte e de mais impacto entre todas as coisas da vida? A resposta de Tales foi: ‘‘A necessidade, pois é por causa dela que enfrentamos e superamos todas as dificuldades com as quais nos defrontamos’’.

O que Tales de Mileto nos deixou há mais 2.500 anos é que o enfrentamento das dificuldades forma o caráter e o mantém no tempo. Ao longo da história essa verdade sempre se confirmou. Quem não conhece a história do avó empresário pioneiro, rude e vigoroso, enfrentou todas as dificuldades, pai bem sucedido mas obediente e confortável, pouco compro-missado e neto mimado fracassado, revoltado e perdido na vida por que não aprendeu a lutar?

Cabe aqui uma conexão de pensamentos. Tal como os sofistas gregos, onde a beleza do discurso era o que importava, os socialistas acreditam que a obediência do gado torna a manada rica.

Não entra nesse discurso a luta individual de cada um para superar a si próprio, superar as dificuldades e ir para a construção de um caráter de sociedade que luta pelo que acredita, lastreada no caráter do indivíduo.

ESPAÇO VITAL
Recebi arquivo com um gráfico que fala da importância do Brasil no contexto mundial, argumentando que não temos o reconhecimento dos valores do nosso posicionamento.

A base do raciocínio exposto no gráfico é o conceito de espaço vital e importância do tamanho da população. Cabe lembrar então que muitas guerras aconteceram até recentemente por conta da visão de espaço vital. Os governantes queriam territórios e população. Eram a razão do seu poder.

Vem à memória a batalha de Sebastopol na guerra da Crimeia, onde tropas de diferentes países combateram. A história conta que o general inglês, dentro de sua estratégia de combate, enviou milhares de seus soldados para a morte certa. Ele não tinha nenhum apego por eles, simplesmente por que o papel deles ali era morrer. Como sempre não contaram nadado que ia acontecer para as mães deles.

Nesse raciocínio nos vem então os valores da época: territórios grandes e população para trabalhar e manobrar. Trabalho bruto. Visão de espaço vital antiga.

Hoje em dia o conceito de espaço vital não está mais no território e tamanho da população. Espaço vital está associado à capacidade de produzir conhecimento e o transformar em riqueza e capacidade de investimento. Outro jogo. Entra a classe média.

A EMERGÊNCIA DA CLASSE MÉDIA
É pouco comentado que no seio da classe média aconteceu mudança fundamental em todas as nações. Foi nela que a sociedade começou a evoluir do trabalho físico bruto para o trabalho inteligente. Ela foi o espaço vital dessa transformação.

Foi na classe média, na burguesia, que os filhos iam estudar onde houvesse escola e por conta do conhecimento armazenado na família, foram dados os grandes saltos da humanidade em termos de conhecimento. Foram os fundadores das primeiras universidades.

Percebemos que foi lá que a noção de liberdade e independência do cidadão promoveu a melhor luta para a superação das dificuldades. É na classe média que se verifica o valor de um discurso de Paulo Guedes, quando ele diz que no progresso não é o capital que interessa, mas a capacidade de cooperação e apoio mutuo livre entre os atores da sociedade.

De uma base sólida de conhecimento na classe média países como Japão, Coreia do Sul, Finlândia e Estados Unidos alimentam as grandes universidades e fazem a sua caminhada para a Sociedade do Conhecimento, Sociedade da Inteligência e Sociedade da Sustentabilidade.


Lembro então a conversa com políticos experientes aqui no Brasil. A classe média era formadora de opinião. Tinha esse “status” pelo reconhecimento de valores e méritos. Tinha condição de elaborar o pensamento independente. Incomoda, atrapalha os planos de condução da manada em eleições.

CONDUZIR MANADAS, A 7ª PERGUNTA, A CLASSE MÉDIA E MARILENA CHAUÍ
Na resposta da 7ª pergunta, vem a mensagem: Faz das dificuldades o teu caminho para a superação e para o progresso. Luta. Mostra a tua independência e capacidade de superar desafios.

Assistimos então o discurso de Marilena Chauí aplaudida por Lula. Odeio a classe média!Joga os mais simples e mais pobres contra uma classe média que é justamente o espaço vital onde se transita do trabalho bruto para o trabalho inteligente e muito melhor remunerado. Algo que é de todo interesse do mais simples e mais pobre. Uma enorme contradição, mais uma vez um discurso vazio, falso de uma sofista oportunista.

100 MILHÕES DE MORTOS
Registros nos apontam que na formação da União Soviética, os russos mataram mais de 100 milhões de habitantes da classe conservadora da classe média. A razão é muito simples, socialismos, petismo e comunismo, tudo uma ideologia só, não convivem com quem tem inteligência e liberdade de pensamento para agir de forma livre. Vamos permitir que os sofistas, vazios como sempre, permaneçam e se perpetuem no poder?

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Atualmente dirigindo a BCA ConsultoriaLuiz Bersou possui formação em engenharia naval, marketing e finanças. É escritor, palestrante, autor de teses, além de ser pianista e esportista. Participa ativamente em inúmeros projetos de engenharia, finanças, recuperação de empresas, lançamento de produtos no mercado, implantação de tecnologias e marcas no Brasil e no exterior. 



O polivalente Hamilton de Oliveira

COM GRANDE ALEGRIA TEMOS A HONRA DE ANUNCIAR A PARCERIA DA REVISTA KEYBOARD BRASIL COM O PRODUTOR MUSICAL HAMILTON DE OLIVEIRA COMO UM DE NOSSOS NOVOS COLABORADORES. 
* Heloísa Godoy Fagundes

Músico profissional e produtor musical há 23 anos, Hamilton de Oliveira Santos estudou com professores particulares em Sorocaba e no conservatório de Tatuí, interior de São Paulo como pianista popular. Mais tarde, formou-se em Licenciatura pela UNISO - Universidade de Sorocaba, no curso de Música e Pós Graduação pelo SENAC em Docência no Ensino Superior.

Já tocou em muitos países, entre eles Cuba, Argentina, Panamá, República Dominicana, Espanha, Portugal, Ilhas Canárias, Peru, Uruguai. Apresentou-se e deu canja com alguns artistas como: Pedro Mariano, Billy Paul, Belchior, Ivete Sangalo, Carlinhos do Cavaco, Afonso Nigro, Roberto Justus, Marina Elali, Don Betto, Izzy Gordon, Soweto, Leonardo, Mano Jr., Carlos e Alessandro, Priscila Alcântara, Caio Mesquita, Sandra Belê, Banda Dimensão 5, Banda Santa Maria, Banda Live Karaoke, Banda Chroma, Banda da Feira, Banda Sweet Summer Salt, Banda Tangos, Banda The Mutts, Mayara Prado, SP3, entre outros. Também tocou durante um tempo em navios de cruzeiro pelo mundo.

TRABALHOS  EM  TV:
SBT: Maestro do Qual é a Música, banda do programa Gente que Brilha, banda do programa Código Fama. Produtor e arranjador do CD da Priscilla Alcântara “Meu sonho de criança” em 2010.
Globo: Mano Jr. e Leonardo (Programa do Faustão), Belchior (Jô Soares).
Record: Soweto e Banda Santa Maria  (1999).
Gazeta: Banda Santa Maria (Ronnie Von)

DIRETOR MUSICAL DE VÁRIOS PROJETOS  MUSICAIS, COMO:
Tina Turner tribute, Banda Yellow Music, The Mutts, Toto Cover e Banda Chroma.

TRABALHOS  ATUAIS:
Atualmente, além de cantor, tecladista, acordeonista e pianista Hamilton se divide como: 
–Diretor musical Mayara Prado
–Diretor musical Tina Turner Tribute
–Tecladista Banda Toto Cover
–Tecladista Banda Chroma
–Sanfoneiro Banda da Feira
–Sanfoneiro Sandra Belê 
–Tecladista Banda Os Figurantes
–Tecladista Banda Live Karaoke
–Tecladista Kazara Live
–Sanfoneiro Serenata Naquele Tempo
–Tecladista Trio The Mutts
–Duo piano e voz com Patricia Andrade
–Diretor musical Banda Yellow Music
–Regente do coral do Projeto Sementinha da ACM Sorocaba
–Professor de teclado, piano e regente do coral da ACM Sorocaba para a melhor idade
–Editor de Vozes do Programa Raul Gil.


Saiba mais sobre Hamilton de Oliveira:
https://www.facebook.com/tecladista13
https://www.youtube.com/user/hamiltontecladista

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* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost Writer, há 10 anos no mercado musical de revistas. Já trabalhou na extinta Revista Weril e agora é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil - publicação digital pioneira no Brasil e gratuita voltada à música e aos instrumentos de teclas.




A Paddymania de uma das figuras mais importantes da história da Polônia - IGNACY JAN PADEREWSKI

QUEM FOI IGNACY JAN PADEREWSKI? MUITO MAIS DO QUE UMA ESTRELA DA MÚSICA CLÁSSICA, O HOMEM DE CABELOS COR DE FOGO ERA ADORADO PELO PÚBLICO EM TODO O MUNDO. UM POLÍTICO FEROZMENTE PATRIÓTICO CONSIDERADO O "GEORGE WASHINGTON DA POLÔNIA". UM FILANTROPO INCANSÁVEL QUE LEVANTOU MILHÕES EM AJUDA PARA REFUGIADOS DE GUERRA. ESTES SÃO ALGUNS DOS ATRIBUTOS QUE O DISTINGUIU COMO UMA DAS MAIORES PERSONALIDADES DA CENA CULTURAL E POLÍTICA NA POLÔNIA E NO MUNDO, DURANTE A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX. CONHEÇAM ESSE GRANDE HOMEM!
* Por Heloísa Godoy Fagundes


Quem foi Paderewski?
Ignacy Jan Paderewski criança 
aos 15 anos, sentado ao piano.


Diferentemente de sua vida profissional, a vida pessoal de Ignacy Jan Paderewski, (1860-1941) foi marcada por muito sofrimento. Cresceu sem mãe, seu pai foi preso, sua primeira esposa morreu aos 20 deixando-o um filho, de nome Alfred, portador  de uma doença incurável e um amor platônico pela princesa de Brancovan que nunca poderia acabar em casamento...

Contudo, Paderewski foi declarado o maior artista desde a época de Chopin. Um pianista tão famoso e popular que até mesmo o presidente americano Franklin Roosevelt chamou-o de “pianista moderno imortal”, em 1932. Embora desencorajado por seus professores para se tornar um pianista, Paderewski lançou sua carreira artística em 1885 e, literalmente, varreu o mundo com sua forma de tocar e sua personalidade dinâmica. 

Em 1923, recebeu o título de doutor honorário do grau em Direito pela Universidade do Sul da Califórnia por suas conquistas políticas. Outras universidades que honraram Paderewski incluem Lwów, Yale, Jagiellonian, Oxford, Columbia, Poznan, Glasgow, Cambridge, e New York University.

Em 1934, Charles Phillips escreveu um livro sobre Paderewski, cujo título era A História de um Moderno Imortal, onde a introdução, escrita por Statesman, orador, pianista e compositor, começou da seguinte forma: “É difícil escrever sobre Paderewski sem citar a palavra emoção. Ele é um homem superlativo, e seu gênio transcende o de qualquer pessoa que eu já conheci. Aqueles de nós que amam a Polônia estamos contentes por ela reclamá-lo como um filho, mas deixemos sempre lembrar que Ignace Jan Paderewski pertence a toda a humanidade”.

O início...
Um dos pianistas mais sensacionais dos tempos modernos, Paderewski recebeu treinamento musical precoce de Peter Sowinski. Seu primeiro concerto de piano para o público foi aos 11 anos de idade. Seu modo de tocar despertou interesse sendo levado para Kiev. Mais tarde, entrou para o Conservatório de Varsóvia, onde aprendeu a tocar trombone. Fez parte da banda da escola, continuando seus estudos pianísticos. Em 1875, visitou as cidades russas provinciais com o violinista polonês Cielewicz e, em 1878, foi contratado para ministrar aulas de piano no Conservatório de Varsóvia. Em 1882 Paderewski foi para Berlim estudar composição com Kiel e, subsequentemente. orquestração em Berlim com Heinrich Urban. Foi lá que ele conheceu Anton Rubinstein, reiniciando seu emprego de professor mudando-se para Viena onde estudou com Leszetycki (Leschetizky).

O famoso virtuoso...
Esquerda: Ignacy Jan Paderewski e 
Camille Saint-Saëns em 1900. 
Direita: Paderewski e sua esposa.


Adorado, admirado e amigo, não apenas pelas pessoas mais importantes de sua época, mas por pessoas de todas as esferas da vida. Viajou por todo o mundo a partir de África para a Austrália e em todo o continente europeu; cruzando o Atlântico mais de trinta vezes. Realizou mais de 1500 concertos nos EUA, recebido por multidões em um momento em que o recital solo ainda estava em sua infância. Paderewski foi o primeiro a dar um recital sozinho no recém-construído Carnegie Hall, em Nova York, com aproximadamente 3.000 pessoas na plateia. Um grande showman!

Por que era tão popular?
A carreira musical de Ignacy Jan Paderewski 
estendeu-se por mais de 50 anos. Acompanhando 
sua popularidade, veio o sucesso financeiro 
destinado às atividades públicas. Em 
reconhecimento ao mérito artístico e patriotismo 
sua figura tem recebido inúmeros prêmios até hoje. 

Por que ele era tão popular? Uma razão era a sua aparência física magnífica. Admiravam seus longos cabelos vermelhos. O termo “long haired music” pode ter se originado com ele. Muitos músicos tentaram imitá-lo, usando chapéus, casacos longos e cabelos compridos. Doces, brinquedos e sabonetes foram criados com sua imagem. 

A aparência de Paderewski, junto com seu refinamento aristocrático e poder sobre as massas foi certamente o que o transformou em uma pessoa tão popular. Porém, a principal razão para sua popularidade eram seus magníficos recitais. Cada um considerado um “acontecimento espiritual.” Conhecido por ter aperfeiçoado o toque que poderia literalmente fazer o piano cantar e suas representações musicais, não importando o quão diferente poderiam ser, foram frutos de estudo profundo e sério.

Mesmo sendo criticado por alguns pelo uso excessivo de "tempo rubato", isso pode ser facilmente explicado: Paderewski pertencia ao último grupo de pianistas “românticos”, cujo estilo foi se tornando fora de moda e não utilizada pela nova geração de pianistas. No entanto, ele continuou a usar estes dispositivos, a fim de conseguir efeitos dramáticos.


Paderewski foi considerado o melhor intérprete das obras de Chopin de seu tempo e ninguém poderia tocar as Rhapsodies do húngaro Liszt como ele fazia.


Admirado...
Em Nova York, durante uma turnê pelos Estados Unidos 
no ano de 1932. Da esquerda para a direita: Edward S.
Witkowski, presidente da recepção em homenagem ao 
músico; Sylvine Strakacz, secretário pessoal; S. Mann,
diretor do City Hall  e o músico Ignacy Jan Paderewski.

Paderewski inspirou artistas, poetas, pintores e compositores. O mais famoso retrato dele foi feito por Sir Edward Byrne-Jones, que acidentalmente passou por ele na rua um dia. Voltou para casa dizendo que tinha visto um arcanjo e começou a esboçar a partir da memória. Poucos dias depois, Paderewski foi levado para o estúdio do artista que gritou: “Você é meu arcanjo!” E, em duas horas, o pintor completou o retrato. Richard Gilder e John H. Finley compuseram poemas para Paderewski.  Compositores como Edward Elgar dedicaram obras a ele. 

Paderewski compôs várias dezenas de obras que incluem duas óperas, uma sinfonia, duas peças orquestrais, várias canções e muitas, muitas peças para piano. Suas duas obras para piano mais poderosas e criativas são a Sonata, op. 21 e as Variações e Fuga, op. 23. Ele também fez uso de ritmos de danças polonesas em muitas de suas composições. Ao longo de sua música pode-se ouvir os idiomas nacionais do seu país. Duas das mais populares peças para piano em miniatura que ele incluiu em seus próprios programas foram o Cracovienne Fantastique e Chants du Voyageur, op. 8.


Na Polônia, muitos ouviram seu famoso Minueto em Sol. Ente 1920 e 1930, todos os pais aguardavam o dia em que seu filho poderia, finalmente, realizar o Minueto em um recital local. Este foi o objetivo de toda criança nas aulas de piano e, por isso, é considerado um marco de sua realização. 


O modelo humanitário...
Funeral de Ignacy Jan Paderewski em 3 de julho de 1941, 
na cidade de New York.


Paderewski precisou retomar sua carreira pianística em 1923 por razões financeiras, mesmo tendo ganhado muito dinheiro, mais do que qualquer artista. E por que? Simplesmente porque entregou tudo o que tinha para seu país e para a humanidade. Já em 1895, ele fundou o Paderewski Fund, em Nova York para estabelecer prêmios trienais para compositores americanos, independentemente de raça ou religião. Alguns desses vencedores foram David Diamond, Gardner Reed e Wallingford Rieger. Também estabeleceu um fundo semelhante para Composição em Leipzig, em 1898. Em Londres, ele ajudou o Transvaal War Fund para os feridos, viúvas e órfãos da guerra. Para expressar gratidão a Herbert Hoover e outros americanos, ajudou com seu Polish Relief Fund, entregando os ganhos de uma série de concertos para a compra de comida aos desempregados americanos na década de 1920. Em 1932, tocou para um público de 16.000 no Madison Square Garden, o maior público da história da música na época, arrecadando $50.000 em benefício aos músicos americanos desempregados.   


Ao longo dos anos, Paderewski fez contribuições substanciais para várias causas: para músicos desempregados na Inglaterra, fundos para dramaturgos, compositores poloneses, para a construção de uma sala de concertos na Suíça, para a reconstrução de uma catedral em Lausana, para os trabalhadores desempregados, para os órfãos na Itália em tempos de guerra, para a construção de dormitórios para estudantes de música na França, para o Hospital do Soldado Allied, para refugiados judeus-alemães, vítimas de Hitler, em Paris no ano de 1933 e tantas outras. Sua maior contribuição individual ($28,600) foi destinada à Legião Americana de veteranos deficientes. 


O patriota...
Ignacy Jan Paderewski: primeiro ministro da Polônia 
independente depois da Primeira Guerra Mundial, 
além de virtuoso pianista, compositor, diplomata, político, incansável ativista e um modelo humanitário. 


Suas amizades com muitos dos principais estadistas da Europa e América abriram o caminho para a futura atividade política. Em questão de poucos anos, Paderewski passou a ser considerado um dos peritos em assuntos relacionados aos problemas da Polônia. 

Através de suas mãos de pianista, Paderewski conquistou e ajudou a moldar uma Polônia independente em 1918, após a Primeira Guerra Mundial. O país que tinha sido varrido do mapa no século XVIII e era dividido por seus vizinhos Prússia, Rússia e Áustria, agora gozava da restauração da soberania do povo polonês.


Em 1919, tornou-se o Primeiro  Ministro da Polônia independente, bem como Ministro dos Negócios Estrangeiros e representante da Polônia na Liga das Nações em Genebra. Seus discursos foram considerados entre as melhores realizações de oratória da Liga. Muitos expressaram, por unanimidade, sua opinião em uma carta conjunta: “Nenhum país pode desejar um defensor melhor”.

Em 1920, Paderewski recebeu uma ovação em pé antes e depois de seu discurso, falado em francês e em inglês. Para seus colegas, Paderewski era um grande estadista, um orador incomparável, um linguista brilhante que deu ao mundo, um exemplo de patriotismo e coragem e de grande caráter humano. 


Incansável artista, ativista...
Desde 1992  o  corpo de Ignacy Jan Paderewski 
se encontra enterrado na Royal Crypt of the 
Warsaw Cathedral, Polônia.


Registrando para a posteridade, no ano de 1936, Paderewski fez um filme produzido por cineastas britânicos chamado Moonlight Sonata retratando-se em um recital de obras de Beethoven, Chopin, Liszt e sua Menuet. O músico foi tão bem quisto por todos os que entraram em contato com ele durante as filmagens que foi inundado com flores como forma de homenagem e gratidão. Na época, Paderewski tinha 76 anos de idade.


Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Paderewski realizou, em 1939, uma campanha antinazista de sua casa na Suíça. Embora enfrentando problemas de saúde, Paderewski viajou para Paris e inaugurou um novo governo, com a única objeção: não ser identificado como primeiro-ministro novamente. Sua casa na Suíça era um lugar de refúgio para os emigrantes de muitas nacionalidades durante a Segunda Guerra Mundial. Ninguém foi mandado embora sem ter sido alimentado.

Apesar de viver na Suíça, Paderewski voltou para os EUA para continuar os esforços em ajudar a causa polonesa. Porém, em Nova York, alguns dias depois enfrentando um clima extremamente quente, Paderewski ficou doente e faleceu. Seu funeral na Catedral de St. Patrick, em Nova York, no ano de 1941, teve a participação de 4.500 pessoas em seu interior e 35.000 do lado de fora, incluindo estadistas e líderes do mundo político e musical. Por decreto presidencial (uma medida tomada apenas uma vez antes na história dos EUA), foi enterrado no cemitério de Arlington, em Washington.

Em 1992, o corpo de Paderewski foi devolvido para a Polônia e enterrado na Royal Crypt of the Warsaw Cathedral, numa cerimônia presenciada pelos presidentes da Polônia e dos Estados Unidos.

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* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost Writer, há 10 anos no mercado musical de revistas. Já trabalhou na extinta Revista Weril e agora é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil - publicação digital pioneira no Brasil e gratuita voltada à música e aos instrumentos de teclas.









sexta-feira, 25 de março de 2016


Técnicas básicas e diárias 

A PARCERIA ENTRE A REVISTA KEYBOARD BRASIL E O PORTAL WWW.TECLADISTAS.COM.BR  TRAZ ESTE MÊS O MÚSICO E COLABORADOR MATEUS SCHANOSKI!

* Por Mateus Schanoski

Este exercício serve tanto como uma técnica para se estudar todos os dias mas, também, como aquecimento - parte fundamental para adquirir total concentração antes do show! 

O exercício possui 4 partes. É muito importante fazer as 4 partes no mesmo andamento. Estude também em todas as oitavas do teclado, para adquirir resistência e precisão.


Cuidado com a articulação dos dedos. O peso e força dos dedos devem ser iguais para todos. Gradue o peso e distribua para todos os dedos. Estude, também, em diferentes tipos de teclados:
Teclas pesadas: articule bem os dedos, não faça força e use o peso dos braços.
Teclas waterfall: articule mais que nas pesadas e use menos peso dos braços.
Teclas leves: menos articulação e peso.

E lembre-se: use sempre o metrônomo.



Saiba mais de Mateus Schanoski:
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* Mateus Schanoski – músico experiente e versátil, Mateus Schanoski é tecladista, organista e pianista, além de arranjador e produtor musical. Já acompanhou nomes como Jimmy Bo Horne, Sharon Corr, Jorn Lande, Wanderléa entre outros.



MÚSICA! MÚSICA! MÚSICA!

“MÚSICA É REVELAÇÃO”. ESTA FRASE FOI DITA PELO FANTÁSTICO E INCONTESTÁVEL BEETHOVEN. PORÉM, COMPLEMENTEI COM “ACIMA DE QUALQUER FILOSOFIA OU CIÊNCIA”. PARECE UMA COISA SIMPLES. ENTRETANTO,  NESTE CONTEXTO, NUMA ÚNICA PALAVRA, ESTÁ INSERIDA UMA SABEDORIA UNIVERSAL: REVELAÇÃO. ENTENDA O QUE EU QUERO DIZER LENDO A SEGUIR!
* Por Luiz Carlos Rigo Uhlik

Quando você toca um instrumento, você se revela. É como o ato de escrever. Os traços que você determina quando escreve indicam a sua personalidade. É fácil de visualizar a escrita de quem está tenso, de quem está tranquilo, de quem tem muito para ensinar, de quem tem muito a aprender.

Com a música é a mesma coisa: revelação da alma, revelação do espírito, revelação da personalidade da pessoa. Isto é fantástico! Entretanto, todos os caminhos que levam ao conhecimento musical são confusos, não é verdade? Parece uma coisa que vai muito além da nossa compreensão. 
Muitas pessoas dizem por aí:
- Ele tem ouvido, toca como ninguém!
- Não tenho vocação para a música!
- Não consigo tocar uma nota!
- Acho que música não é para mim!
- Só pode ser coisa de Deus...
- Já tentei e não cheguei a lugar algum!

Na verdade, o aprendizado musical, exatamente como está enunciado por aí, envolve muita teoria, muito conhecimento que, somado, na maioria das vezes, não causa efeito algum; não faz a pessoa se revelar.

Conheço uma quantidade imensa de músicos, aliás, a grande maioria, que toca música muito bem mas nem sabe o que realmente está fazendo.

Nem eu sei explicar o que acontece com estas pessoas. São focadas no aprendizado da leitura musical, desenvolveram uma habilidade incrível entre leitura, memorização e 'tocabilidade', que você nem percebe que de música, no verdadeiro sentido da palavra, no contexto da revelação, não tem nada.

É só um processo repetitivo. A pessoa aprende a ler uma partitura, repete esta partitura infinitas vezes e pronto. A música está feita. Mas é um processo repetitivo. Só isso! E a revelação? Onde está?

Infelizmente, apesar de estarmos vivendo no século XXI, ano de 2016, com os recursos impressionantes à nossa disposição, as academias, escolas, conservatórios, professores e afins não tratam a música ou o conhecimento musical, como realmente deveria ser.

Percebo, ao conversar com os amigos, que a grande maioria das pessoas que se interessa por música se sentem frustradas por não terem tido a oportunidade de conhecê-la na sua essência. Mais uma vez: Impressionante! Como alguém consegue adentrar o mundo da música sem se permitir conhecê-la?

Música é Revelação! Através da música, como através da escrita, você determina os traços da sua personalidade. Isso é fantástico! Por quê? Através desta revelação tudo pode acontecer. Quem consegue se revelar através da música não precisa de nenhum tipo de subterfúgio para viver melhor. É uma questão de qualidade de vida. Terapias? Tratamentos? Exercícios para aliviar o stress? Que nada! Música, música, música! Esta é a real solução.

Se existe uma linguagem que é entendida por Deus, com certeza ela se chama Música. Portanto, nem as mais profundas orações, tampouco os mais complexos e perspicazes mantras, atingem o âmago da sabedoria universal, do que através da música. Deveria ser obrigatório. Sim! Assim como aprendemos a falar, deveríamos aprender a tocar, pelo menos, um instrumento. Aliás, quem conhece música pela música, toca qualquer instrumento. É uma questão, somente de coordenação. 

Quem “realmente” toca piano, por exemplo, aprende com extrema facilidade a tocar trompete. As notas são as mesmas. É exatamente isso o que acontece na Química, por exemplo. A Tabela Periódica dos Elementos Químicos é exatamente igual aqui, na Europa, nos Estados Unidos, em Marte, em Saturno, na Galáxia de Andrômeda. A Química é igual! É a mesma coisa! Com a música acontece o mesmo.

Não me surpreendo quando vejo pessoas que tocam vários instrumentos. O conhecimento é igual para todos. A questão é a sonoridade, o “feeling”, a identidade com o instrumento, a interpretação e, principalmente, a Revelação. Conheço bateristas, contrabaixistas que são exímios arranjadores. Incrível, não? Conhecem profundamente harmonia, melodia e ritmo como se tivessem estudado instrumentos que incorporam estes três elementos num único, como é o caso do piano. E olha que o trompete toca somente “melodias”, contrabaixo somente a linha base da harmonia, bateria somente o ritmo...

Você quer realmente aprender música? Eu tenho a fórmula. E ela é extremamente simples, fácil e não requer nenhum tipo de esforço. Só música! Onde se deve trilhar o caminho do conhecimento musical? Ouvir, observar onde está a melodia da música, a harmonia, o ritmo, repetir as partes em separado várias vezes, tocar o tema em vários tons.

Música relaxa! Música faz bem! Música promove o interrelacionamento com as pessoas! Música atrai pessoas! Música impressiona! Música é Revelação! Se você aliar alguns dos elementos citados acima com pequenos períodos de contato com a música, diariamente, com certeza a sua destreza, o seu entendimento, a sua Revelação se fará presente. Revele-se! Não era isso que você estava procurando? Avante!
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Luiz Carlos Rigo Uhlik é amante da música desde o dia da sua concepção, no ano de 1961, é especialista de produtos e Consultor em Trade Marketing da Yamaha do Brasil.