sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Os super teclados e o retorno às origens 

O QUE, NÓS, TECLADISTAS, TEMOS A VER COM TODA HISTÓRIA DA MÚSICA? SIMPLESMENTE TEMOS TUDO A VER!!

 * Bruno de Freitas

A História da Música é belíssima. Desde que o homem apareceu na Terra, a música o acompanha, expressando a interioridade, a natureza que nos cerca, os sons que conhecemos e os sons que só existem porque existimos: os sons que inventamos.

No decorrer da linha do tempo que costumamos estudar e contar, a.C. e d.C, muita coisa aconteceu e, em especial, de quinhentos anos até os dias atuais. Não que a Idade Média seja a “Idade das Trevas”, longe disso, pois muita riqueza cultural e de conhecimento científico veio dela; nem que a Idade Antiga (Grécia e Roma) fiquem fora do nosso mapa musical, de lá também veio o que temos hoje nos princípios e até avanços do conhecimento científico e artístico.

Mas vale focar agora, dos quinhentos anos até os dias atuais, no que tem ocorrido na música, especialmente ocidental.

Após a Reforma Protestante, o início das Grandes Navegações, a “descoberta”  do Novo Mundo, o caminho das Índias (muitas mercadorias da lá para aqui - gostos, costumes e até instrumentos como o violino), o mundo girou mais rápido. Vale a pena recordar aqui, cronologicamente e arredondando de 1500 até hoje, a história (da música) é nomeada, basicamente, em Renascimento, Barroco, Neoclassicismo (ou propriamente Classicismo), Romantismo, Modernismo e Contemporâneo.

Cada período da história foi, e vai, aglomerando novos sons, novos instrumentos, novas técnicas, novos gêneros e estilos musicais, assim como maneiras “novas” de fazer música.       
Contudo, a produção musical esteve em alta, especialmente nos últimos trezentos anos. Parece paradoxal, pois hoje também temos uma produção musical em alta. Mas, é inevitável reconhecermos, e nos alegrarmos! Que maravilha os grandes compositores nos deixaram! Monteverdi, Handel, Corelli, Scarlatti, Vivaldi, Bach, Mozart, Haydn, Gluck, Beethoven, Schubert, Schumann, Liszt, Wagner, Bizet, Debussy, Rachmaninoff, Carlos Gomes, Villa Lobos entre muitos outros. Que beleza!

Todos estes nomes foram e são nossos professores de arranjo, composição, instrumentação e ideias infinitas, fontes de inspiração. A História da Música é infinitamente gratificante, edificante e fonte infinita para nós e para as próximas gerações.

Com o legado dos grandes nomes da música, o desenvolvimento do timbre perfeito de cada instrumento tem se aprimorado - convido aqui, caro leitor, à dar uma olhada na edição nº 47, na matéria “Piano, o Rei dos Instrumentos” do nosso colaborador e amigo Uhlik, ao qual aborda o desenvolvimento deste maravilhoso instrumento, e sua inacabada trajetória.

Se analisarmos cada instrumento pop hoje - trompete, sax, violão, violino, guitarra, contrabaixo, piano, bateria, flauta transversa, chegamos à uma conclusão comum entre todos: o tempo e o desenvolvimento no campo da luthieria melhora sempre os instrumentos, e resumindo, quanto mais atual, melhor o som.

Pensando bem, não apenas os pop mas todos! Todos os instrumentos de uma orquestra sinfônica, por exemplo. Quanto mais atual, melhor. Melhor o timbre, melhor a resposta, melhor a maneira de tocar, melhor a mecânica e as nuances. Aí vem à tona a nossa sina de músicos “qual o próximo lançamento?” Chega a ser cômico.

E nós, tecladistas, o que temos a ver com toda essa história? Tudo! Temos tudo a ver.

O profissional das teclas hoje,  precisa de todo esse legado da história da música junto e inserido no seu equipamento, no seu setup. Tocar numa banda de baile, por exemplo, requer do tecladista uma biblioteca incrível à sua disposição. Um bom naipe de metais, um bom piano acústico, um bom naipe de madeiras, timbres específicos de flautas, inclusive timbres dos synths analógicos do século passado. Além disso, requer um equipamento robusto, que não o “deixe na mão” na correria entre um show e outro. Aproveito aqui para mencionar a dinastia Yamaha Motif (Motif, Motif ES, Motif XS, Motif XF e comemorativa XF WH) e, agora, com o herdeiro já muito bem sucedido Yamaha Montage, dez vezes mais poderoso.

O Yamaha Montage faz-nos respeitosamente chamá-lo de um super teclado e o retorno às origens. Mas o que o traz à tal nível? Simples: sua incrível biblioteca de samples internos fiéis à história da música (herdado de todos os Motifs), somado a síntese FM, agora chamada de FM-X. É feliz lembrar que o DX e a tecnologia FM deu um brilho especial no curso da música mundial, registrado por grandes clássicos do Pop.

A família Motif simplesmente fez e faz história no mundo inteiro, os preferidos e o número um em vendas em todo o globo, e que conseguiu acolher toda a história da música e sua vasta biblioteca de timbres com alta fidelidade e com alta confiabilidade de hardware e software.

Em paralelo, a vasta família dos teclados arranjadores, como a linha Yamaha PSR-S e o Yamaha Tyros fazem história, respeitando a linha do tempo da música mundial, ao qual oferece alta qualidade nos timbres internos, inclusive categorizados por fidelidade/ capacidade de sampleamento, dependendo do modelo, como o Cool! Voice; Live! Voice; Sweet! Voice; Mega Voice; Super Articulation 1 e 2!

Tudo isso nos deixam muito felizes, uma vez que nos dá a certeza de que a música séria está sendo respeitada, e conseguimos estudar, produzir, tocar ao vivo e apreciar com clareza a vasta música e história da música mundial. Isso sem mencionar os incríveis pianos digitais e as clavinovas, com fidelidade e versatilidade ímpar e que herdam os timbres dos extraordinários grand pianos.

A paixão sobre os super teclados, suas origens e suas propostas é astronômica, entretanto, vamos aos poucos. Edição por edição podemos abordar mais sobre respeito, aprendizado e mão na massa sobre a relação da história da música e o fazer musical hoje. As tecnologias que temos à disposição e a realidade nossa como músico brasileiro, em meio ao contexto político e econômico confuso que estamos inseridos.


Uma coisa é certa: vale a pena a pesquisa, a consciência do inacabado e da melhora constante, para uma compreensão cada vez mais clara de como fazer música de qualidade, clareza sobre nossos equipamentos, sempre com humildade, sendo assim músicos-referência em uma sociedade que precisa da gente.
_____________________
* Bruno de Freitas é Tecladista, professor, produtor, demonstrador de produtos da Yamaha, endorser da Stay Music e colaborador da Revista Keyboard Brasil




quarta-feira, 23 de agosto de 2017

JORDAN RUDESS - O ícone do rock progressivo

ELEITO O MELHOR TECLADISTA DE TODOS OS TEMPOS, JORDAN RUDESS, DA BANDA DREAM THEATER É UM GRANDE ÍCONE DO ROCK PROGRESSIVO. DE INÍCIO, PIANISTA CLÁSSICO E ESTUDANTE DA JULLIARD SCHOOL OF MUSIC, O MÚSICO CONTA EM ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA A REVISTA KEYBOARD BRASIL, COMO TUDO MUDOU AO CONHECER O ROCK PROGRESSIVO DE KEITH EMERSON, RICK WAKEMAN E TONY BANKS E O SOM QUE TANTO O IMPRESSIONOU ATRAVÉS DO MOOG E DO HAMMOND. 

Tecladista, produtor, compositor e intérprete Jordan Charles Rudess ou, simplesmente, Jordan Rudess nasceu em 4 de Novembro de 1956, em Great Neck, New York. Integrante da banda de rock progressivo Dream Theater  também fez parte de outro super grupo de rock progressivo chamado Liquid Tension Experiment.

De família judia, foi descoberto por sua professora de piano do segundo grau e imediatamente depois começou a ter aulas de piano. Aos nove anos Jordan ingressou na Juilliard School of Music ( https://www.juilliard.edu/ ) em piano clássico, mas, durante sua adolescência, se interessou cada vez mais por sintetizadores e pelo rock progressivo. Apesar dos conselhos de seus pais e tutores, Jordan abandonou o piano clássico para seguir como tecladista de rock progressivo solo. 

Durante a década de 1980, Jordan tocou em diferentes projetos. Porém, em 1994, chamou a atenção de maneira mundial quando foi eleito “Best New Talent” por leitores da americana Keyboard Magazine pelo lançamento solo de seu primeiro álbum Listen.  Logo, duas bandas se interessaram por Jordan: Dixie Dregs e Dream Theater; Entretanto, o músico escolheu os Dregs para não causar um grande impacto em sua família, coisa que não aconteceria caso escolhesse a banda Dream Theater.

Certa vez, ainda com os Dregs, Jordan realizou um “super dueto” com o baterista Rod Morgenstein. A origem dessa jam ocorreu durante uma queda de energia elétrica em um show, onde todos os instrumentos deixaram de funcionar, exceto o teclado. Assim, Morgenstein e Jordan improvisaram até o restabelecimento da energia e o show pudesse continuar. A química entre eles foi tão forte durante esta jam, que pouco depois decidiram tocar juntos em um projeto de rock progressivo feito por um teclado e uma bateria. Sob o nome de “RMP” (Rudess Morgenstein Project),  lançaram um álbum de estúdio e outro ao vivo através da Domo Records.

Jordan encontrou-se mais uma vez com os integrantes do Dream Theater quando ele e Morgenstein tocaram em turnê pela América do Norte. Em 1997, Mike Portnoy pediu-lhe para formar um supergrupo através do selo Magna Carta Records, o músico concordou juntando-se aos já famosos Tony Levin baixista do grupo King Crimson e John Petrucci. Durante a gravação dos dois álbuns com o “Liquid Tension Experiment”, tornou-se evidente, tanto para Portnoy como para Petrucci, que Jordan era o que o Dream Theater estava procurando. Então novamente pediram para que o músico fizesse parte da banda. E, dessa vez, aceitou entrando no lugar de Derek Sherinian.

Assim, tornou-se tecladista do Dream Theater desde as gravações do famoso álbum de 1999 Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory. Também tem feito álbuns fora do Dream Theater e fora do contexto “progressivo”, tal como sucedeu no ano de 2001, quando lançou um álbum duo com Petrucci (lançado em CD An Evening With John Petrucci and Jordan Rudess), também realizou apresentações para a banda Blackfield como atração de abertura nas turnês de 2005 e 2007. Além de contribuir para o álbum de Steven Wilson em 2011 Grace of Drowing.
Em 2010, Jordan compôs Explorations para teclado e Orquestra, sua primeira composição clássica. Foi premiado na Venezuela em 19 de Novembro de 2010 pela Orquesta Juvenil Sinfónica de Chacao com o regente convidado Eren Basbug. O músico participou dessa premiação junto com a orquestra tocando  teclados. 

Sobre isso, a ideia de criar o projeto “Explorations” para teclado e orquestra, Jordan diz: “Há tempos queria fazer uma obra para orquestra. Então, quando comecei a pensar nessa peça, vi um jovem músico da Turquia pela internet fazendo arranjos do Dream Theater para orquestra e fiquei muito impressionado! Então, pensei que este jovem, Eren Basbug, poderia me ajudar com o concerto, colaborar com as orquestrações porque era ousado e conhecedor do que fazia. Eu escrevi para ele que se emocionou porque é um grande fã da banda. Foi excelente essa escolha porque necessitava de alguém para fazer esse trabalho comigo. Esta peça era louca e selvagem, uma combinação  de rock clássico e progressivo, arranjada para teclados, ainda que seu primeiro movimento fosse mais um concerto de piano e orquestra, os outros movimentos foram feitos para teclado.”

Jordan Rudess foi eleito em 28 de Julho de 2011 pela revista Music Radar como o melhor tecladista de todos os tempos. Jordan afirma que suas influências como tecladista são Keith Emerson, Tony Banks, Rick Wakerman e Patrick Moraz. Seus artistas e grupos favoritos são Gentle Giant, Yes, Genesis, Pink Floyd, Emerson Lake & Palmer, King Crimson, Jimi Hendrix, Autechre e Aphex Twin. Além das influências clássicas como Prokofiev, Rachmaninoff e Bartok, tão presentes em sua vida.

Sobre a importância do trabalho dos tecladistas citados Rick Wakeman, Tony Banks e Keith Emerson no desenvolvimento do rock progressivo, Jordan diz: “Quando menciono a todos estes nomes como Rick Wakeman, Keith Emerson e Tony Banks, estou mencionando a todos os meus heróis. Eles são a razão pela qual virei tecladista, são uma grande influência. Eu era um pianista clássico antes, estudava na Julliard e me dedicava à música clássica, era pianista de concertos, mas logo tudo mudou, conheci o Moog, o órgão Hammond e conheci  Ketih Emerson e o álbum The Six Wives of Henry VIII, de Rick Wakeman, esse som me impressionou”.

Sobre seu reconhecimento tanto de público, quanto da crítica, Jordan diz: “Chegar a ser reconhecido pelo meu trabalho como músico, desde sempre não somente foi uma meta, um objetivo, como também se converteu em uma forma de viver. Ter obtido o reconhecimento depois de todos esses anos de dedicação à música é algo muito bonito como experiência de vida”.

Apenas por curiosidade, quando o baterista Bleu Ocean estava reunindo um time de 34 outros bateristas para tocar na canção “Bring the Boys Back Home”, do álbum The Wall do Pink Floyd, ele convidou Jordan para a gravação, uma vez que o tecladista andava tocando bateria. Contudo, a performance de Jordan foi rejeitada pelo produtor Bob Ezrin. Àquela época, Jordan já havia escolhido os teclados como seu instrumento principal.

Junto ao Dream Theater recém finalizou a turnê “Images Words and Beyond”, de cinco semanas pela Europa: “Foi muito emocionante e estamos em comemoração ao 25º aniversário do álbum em questão!! Vamos continuar esse passeio após o verão, seguindo para a Ásia, Austrália e América do Norte e, quando tudo isso for feito, começaremos a trabalhar em nosso novo álbum!”, disse o músico para a Revista Keyboard Brasil. The show must go on, caro Jordan! A seguir, leia a entrevista exclusiva para nosso colaborador Amyr Cantusio Jr.


ENTREVISTA...

Revista Keyboard Brasil – Fale sobre sua formação musical oficial. Estudou piano clássico? Como e onde?
Jordan Rudess – Estudei piano na escola Juilliard de 9 a 19 anos em que  eu deixei de buscar outros tipos de música e tecnologia! Eu sempre fui um improvisador e quando descobri o sintetizador Moog e o rock progressivo, sabia que tinha que passar da música clássica para se concentrar em outras coisas. É claro que hoje também voltei a tocar clássico.

Revista Keyboard Brasil – Qual a sua principal influência (compositores / bandas / música erudita)?
Jordan Rudess – Tudo da música clássica ao rock para o eletrônico. Alguns favoritos são: Bach, Chopin, Debussy, Prokofiev, Emerson Lake e Palmer, Genesis, YES, SigurRos, Aphex Twin, Squarepusher.

Revista Keyboard Brasil –  Depois do Dream Theater, conte-nos sobre seus projetos solo.

Jordan Rudess – Meus projetos solo são uma ótima oportunidade para eu expressar todos os outros lados de quem eu sou musicalmente. Tudo a partir de álbuns de piano individuais, como o mais recente álbum “The Unforgotten Path to Rock”, como também “The Road Home ou Rhythm Of Time”. Estou vendo  a possibilidade de escrever outro álbum de rock neste verão!

Revista Keyboard Brasil –  Qual a sua fé? Espiritismo? Pagão? Agnóstico? Wicca? Você acredita na vida após a morte? Sua visão interior tem alguma integração com sua música?
Jordan Rudess – Minha fé é a magia da música e a ressonância da energia em todas as coisas. Eu acredito que a energia continua depois de termos partido deste plano material e a possibilidade de continuar em outras formas de existência. Minha meditação geralmente é no piano.

Revista Keyboard Brasil –  Qual o seu principal instrumento de teclado (piano ou sintetizadores?) O que você prefere? Ou ambos? Outros instrumentos também? Detalhes, se possível.
Jordan Rudess – O piano é a base para mim, mas uma grande parte de quem sou também é a eletrônica e o sintetizador. Também estou muito envolvido individualmente e com a minha empresa Wizdom Music no futuro dos instrumentos musicais expressivos. Sou envolvido e defensor de instrumentos de hardware recentes, como o Continuum, o Seaboard, o Linnstrument, o EigenHarp, etc...

Revista Keyboard Brasil – O que você pode dizer aos pianistas / tecladistas sobre como melhorar seu conhecimento musical?
Jordan Rudess – Atualmente, há tanta informação e excelentes lugares para estudar! Por um lado, tenho um conservatório on-line em https://www.jroc.us/onde as pessoas podem aprender diretamente com meu material musical. O MacProVideo é um ótimo recurso online para todas as coisas, música e tecnologia gráfica e escolas como Berklee College of Music e Stanford CCRMA são incríveis para aprender sobre a tecnologia, música eletrônica entre outros.

Revista Keyboard Brasil – Quais são seus 5 melhores tecladistas do mundo de todos os  tempos? Sua opinião e obras citadas  (um CD ou LP)!
Jordan Rudess – Patrick Moraz, ouça o álbum Refugee 70's ! Keith Emerson, certamente TARKUS é uma grande influência. Jan Hammer, eu adoro seu álbum solo “The First Seven Days”. Rick Wakeman –“As seis esposas de Henrique VIII” e Chick Corea - Now He Sings Now He Sobs! 

Revista Keyboard Brasil –  Qual seu último trabalho musical? CD? Você pode contar sobre seus últimos novos projetos?
Jordan Rudess – O último álbum que fiz com o Dream Theater foi intitulado “The Astonishing” foi um grande projeto com o qual estou tão orgulhoso! Foi também a nossa maior produção de turnês até agora! Meu último álbum solo foi “The Unforgotten Path”, que era um álbum de piano solo com algumas faixas autorais  e também revisitando algumas músicas que desempenharam um papel importante na minha vida musical!

Revista Keyboard Brasil – Como é sua vida musical nesses anos de estrada com o  Dream Theater (agora e no passado)?
Jordan Rudess – Acabamos de voltar da turnê “Images Words and Beyond”de 5 semanas na Europa. Foi muito emocionante e estamos em comemoração ao 25º aniversário do álbum em questão!! Vamos continuar esse passeio após o verão na Ásia, Austrália e América do Norte e quando, tudo isso for feito, começaremos a trabalhar no nosso novo álbum!

Revista Keyboard Brasil – Muito obrigado pela entrevista Jordan!
Jordan Rudess – Agradeço muito a sua boa vontade em me entrevistar Amyr Cantusio Jr.  e à Revista Keyboard do Brasil pela consideração!!



SAIBA MAIS SOBRE JORDAN RUDESS:
http://www.jordanrudess.com/
https://www.facebook.com/jordanrudessofficial
https://www.instagram.com/jcrudess/
https://www.youtube.com/user/JCRUDESS
_______________________

*Amyr Cantusio Jr. é músico (piano, teclados e sintetizadores) compositor, produtor, arranjador, programador de sintetizadores, teósofo, psicanalista ambiental, historiador de música formado pela extensão universitária da Unicamp e colaborador da Revista Keyboard Brasil.


* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost writer e esportista. Há 20 anos no mercado musical através da Keyboard Editora e, há 10 no mercado de revistas, tendo trabalhado na extinta Revista Weril. Atualmente é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil - publicação digital pioneira no Brasil e gratuita voltada à música e aos instrumentos de teclas.



quinta-feira, 20 de julho de 2017

48ª EDIÇÃO DA REVISTA KEYBOARD BRASIL


JUlhO DE 2017


Clique no site e leia a Revista na íntegra em língua portuguesa

ou direto no link:


EDITORIAL


*Heloísa Godoy Fagundes - publisher
https://www.instagram.com/heloisagodoyfagundes/


Trazendo sentido à vida


Salve músicos e apreciadores da boa música! Mais uma edição é lançada com o intuito de fazê-lo contagiar-se pela arte que alimenta a alma, transmite alegria, emociona e também tem o poder de transformar: A MÚSICA! Como matéria de capa deste mês juntamente com uma entrevista exclusiva realizada pelo colaborador Amyr Cantusio Jr, trazemos o tecladista virtuoso da banda Dream Theater, compositor e desenvolvedor de aplicativos de música, Jordan Rudess. Luiz Carlos Rigo Uhlik apresenta a segunda parte da matéria sobre o piano - rei dos instrumentos. Hamilton de Oliveira nos presenteia com uma crônica da vida real em alto mar. Maestro Osvaldo Colarusso traz os 450 anos de Monteverdi. Sergio Ferraz fala sobre o novo projeto de Edgar Franco, o Ciberpajé, o álbum Pós Quintessência. Ultrapassando fronteiras, nesta edição apresentamos a banda 3-0-3 Tango Fusion, vinda da Argentina e que realiza sua terceira e grande turnê pela Polônia, mesclando o  tango, o jazz e o folclore sul-americano. A dica técnica do mês é a trilha sonora do filme 'O Exorcista", Tubular Bells, de Mike Oldfield. Bruno de Freitas aponta os super teclados e o retorno às origens. Inaugurando o primeiro escritório no Brasil, temos uma matéria sobre a Shure, maior fabricante mundial de microfones e produtos eletrônicos de áudio. Na seção outros sons, trazemos uma entrevista com o renomado baterista Di Stéffano. Grande notícia sobre a aposentadoria para os músicos através da união da ANAFIMA com a Ordem dos Músicos do Brasil. Sobre pioneirismo, Rafael Sanit expõe a história de sucesso da Casio. Para quem deseja se instruir e elevar a alma, a indicação de Amyr Cantusio Jr é ouvir a KFK Webrádio. Matéria bastante interessante sobre as ondas binaurais, dessa vez falando dos artistas que exploraram e ainda exploram esse tema. Entre eles Lou Reed, Pink Floyd e Pearl Jam. Finalizando, o lançamento do tão esperado álbum de Hermeto Pascoal e Big Band, intitulado Mundo dos Sons. E, músicos, não se esqueçam: sejam vistos! Peçam a tabela com valores promocionais para divulgação em nossas publicações através do email contato@keyboard.art.br. Em tempo: cliquem, curtam, compartilhem e façam seus comentários porque a Revista Keyboard Brasil é feita para você, leitor!

_______________________
* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost writer e esportista. Há 20 anos no mercado musical através da Keyboard Editora e, há 10 no mercado de revistas, tendo trabalhado na extinta Revista Weril. Atualmente é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil - publicação digital pioneira no Brasil e gratuita voltada à música e aos instrumentos de teclas.







segunda-feira, 3 de julho de 2017

Um CD para espantar o preconceito contra Radamés  Gnattali

A PRIMOROSA OBRA DE RADAMÉS GNATTALI - MOTIVO DE ORGULHO PARA TODOS NÓS BRASILEIROS - EXPRESSA NO BELÍSSIMO TRABALHO DE DÉBORA E FRANZ HALÁSZ
Lançado pelo selo sueco BIS o CD “Radamés Gnattali – Alma brasileira” recebeu críticas europeias muito elogiosas. Uma destas críticas, assinada por William Yeoman na sisuda revista inglesa Gramophone, começa com uma espécie de puxão de orelhas nos músicos e no público: “A música do prolífico pianista, compositor e arranjador Radamés Gnattali (1906-1988) tem tal fluência e é tão atraente que é difícil acreditar que estas qualidades se voltaram contra o reconhecimento do músico como um artista sério durante sua vida e mesmo após sua morte”.

Realmente, muita gente ligada à música clássica, torce o nariz quando ouve falar o nome do compositor, principalmente, o que é estranho, aqui no Brasil. A “fluência” que o crítico inglês destaca, deu-se tanto no setor popular quanto no setor clássico, e muitas vezes Gnattali é comparado ao americano George Gershwin (1898-1937) por sua versatilidade nos dois estilos.

No entanto, o genial George Gershwin nunca explorou um setor da música clássica onde o brasileiro demonstrou toda sua genialidade: a Música de Câmara. Este CD, além de obras belíssimas para solo de violão e de piano, apresenta duas raridades camerísticas: a Segunda sonata para violão e piano e a Sonata para violoncelo e violão. A Sonata para violão e piano incluída no CD, de 1957, é a mesma obra que Gnattali batizou posteriormente de Divertimento para piano e quinteto de sopros, obra esplendorosamente gravada pela pianista Maria Teresa Madeira e o Quinteto Villa-Lobos.

Mais um toque de gênio do grande compositor: nas duas roupagens, a mesma obra apresenta uma sonoridade sensacional. É muito raro termos obras camerísticas com a participação de um violão, e o compositor colabora de forma acentuada no enriquecimento da literatura violonística ao compor também uma bela sonata para este instrumento junto a um violoncelo.

Obra extremamente refinada, composta em 1969, apresenta em seu primeiro movimento, uma das maiores inspirações do compositor. O que é mais estranho é que as poucas gravações que existem da obra foram sempre realizadas por instrumentistas de outra nacionalidade, nunca brasileiros, com destaque para o registro do violonista albanês Admir Doçi e do violoncelista suíço Mattia Zappa. Penso que esta nova gravação, com o violoncelista taiwanês Wen-Sinn Yang (violoncelo solo da Orquestra da Rádio Bávara) e o violonista alemão Franz Halász, é ainda superior, uma verdadeira referência. Realmente as interpretações são primorosas e, nas obras para piano solo de Gnattali, a pianista Débora Halász não fica nada a dever a Roberto Szidon, referência na obra pianística do autor.

Radamés Gnattali realmente deve ser motivo de orgulho de todos nós e algo me diz que a origem deste bem-sucedido CD deve ter sido ideia da pianista Débora Halász, brasileira, discípula de Beatriz Balzi e Myrian Dauelsberg, e que reside há muitos anos na Alemanha. Seu marido, o excelente violonista Franz Halász, não só adotou o sobrenome de Débora, mas adotou também um amor muito grande à nossa música e ao nosso país.

Dois detalhes que engrandecem ainda mais este lançamento: os textos do encarte muito bem escritos pelo violonista brasileiro Fabio Zanon e a bela imagem que aparece na capa do CD: uma linda fotografia de Parati feita pelo próprio violonista Franz Halász. Detalhes que fazem deste CD uma joia, uma gravação obrigatória para todos nós.

Você consegue baixar este CD, com o livreto incluso, na iTunes store e no site http://www.prestoclassical.co.uk por U$ 10.


SAIBA MAIS:
https://www.facebook.com/duohalasz/?fref=ts
http://www.deborahalasz.com/
___________________________
Osvaldo Colarusso é maestro premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Esteve à frente de grandes orquestras, além de ter atuado com solistas do nível de Mikhail Rudi, Nelson Freire, Vadim Rudenko, Arnaldo Cohen, Arthur Moreira Lima, Gilberto Tinetti, David Garret, Cristian Budu, entre outros. Atualmente, desdobra-se regendo como maestro convidado nas principais orquestras do país e nos principais Festivais de Música, além de desenvolver atividades como professor, produtor, apresentador, blogueiro e colaborador da Revista Keyboard Brasil.

** Texto retirado do Blog Falando de Música, do jornal paranaense Gazeta do Povo.






SINFONIETTA PAULISTA APRESENTA DOIS CONCERTOS EM MAIO

ORQUESTRA TRAZ OBRAS DE BEETHOVEN, GRIEG, VILLA-LOBOS, DEBUSSY, SANTORO E HOFFMEISTER.

 * Redação


A orquestra Sinfonietta Paulista possui 25 músicos e foi criada em 2009, tem a direção de Rafael Vicole, e sobe ao palco no dia 21 de maio, domingo, às 11h, na Sociedade Filarmônica Lyra e dia 23 de maio, terça-feira, às 19h30, no Auditório da Biblioteca do Memorial da América Latina.

A Sinfonietta Paulista apresentará obras orquestrais e performances solos e duo. As obras vêm de encontro com algumas efemérides, como os 130 anos de nascimento de Heitor Villa-Lobos, compositor de maior destaque na história da música erudita brasileira, também relembra os 190 anos da morte de um cânone da música erudita mundial, o compositor alemão Ludwig van Beethoven e 110 anos da morte de Edvard Grieg, célebre compositor norueguês.

Dentre as peças orquestrais estão dois movimentos da Sinfonia nº 1 de Beethoven, três movimentos de Peer Gynt de Grieg e o Prelúdio das Bachianas nº 4 de Villa-Lobos. Uma peça solo de flauta mostrará o estilo impressionista do compositor francês Claude Debussy, três peças solos de clarineta farão um contraponto com o expressionismo do compositor brasileiro Cláudio Santoro, e por fim, uma composição barroca do alemão Franz Anton Hoffmeister para violino e viola.

RAFAEL VICOLE - maestro, compositor, arranjador...

Rafael Vicole é diretor artístico e regente titular da Sinfonietta Paulista e Orquestra Acadêmica de Suzano. Já esteve à frente das orquestras: Filarmônica Bohuslav Martinu (Repú-blica Tcheca), Filarmônica de Goiás, Sinfônica do Civebra (Distrito Federal), Sinfônica da USP. Compôs as classes de regência do maestro inglês Kirk Trevor, como convidado, no ICI na República Tcheca nos anos de 2011-2012. Em 2009, chegou à final do 2º concurso de composição Ricardo Rizek com a obra "A" bandona. Em 2011, sua peça "Música para cinco instrumentos" teve estreia no Festival de Música Brasileira na cidade de Oradea - Romênia. Em 2012 foi realizado o recital Khronos, na UNIFIAM-FAAM, dedicado às suas peças de câmara com diferentes intérpretes e formações. Em 2014 foi o homenageado do site americano Composer's Circle <http://composerscircle.com/rafael-vicole/> que divulga compositores do mundo inteiro. Em 2016 começou a integrar um coletivo e músicos, compositores e regentes para pesquisa e difusão de música contemporânea.

SERVIÇO:
21 de maio de 2017, domingo, 11h. 60min.
SOCIEDADE FILARMÔNICA LYRA
Ingressos: R$25,00 e R$10,00
Rua Otávio Tarquínio de Souza, 848 – Campo Belo – São Paulo – SP
Tel.: (11) 5041-2628

23 de maio de 2017, terça-feira, 19h30. 60min.
MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA
Auditório da Biblioteca
Ingressos: R$2,00 (dois reais) e R$1,00 (um real)
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3823-4600

SAIBA MAIS:






sábado, 1 de julho de 2017

MÚSICA, AGORA!

QUER VIVER A PLENITUDE DO AGORA? ENTÃO, APRENDA A TOCAR UM INSTRUMENTO MUSICAL.
 * Por Luiz Carlos Rigo Uhlik

Muita gente, embora nem perceba, gosta de se envolver com atividades perigosas porque estas atividades as trazem para o momento presente. A libertação do medo, das dependências, está intimamente ligada no viver o momento presente. O que estas pessoas não sabem é que isso pode levá-las à morte.

Você já deve conhecer muitos casos que se identificam com isso. As pessoas passam a depender destas atividades perigosas pelo simples fato de que, enquanto neste tipo de atividade, as suas mentes ficam em estado de completa atenção.

E eu vou ser bem sincero com você: ficar em estado de completa atenção é maravilhoso! Mas, você não precisa escalar o Everest, saltar 25 veículos com a sua moto para ter isso sempre dentro de você. Basta você tocar um Instrumento Musical.

Tocar um Instrumento Musical põe você exata-mente em estado de atenção. Põe você no momento presente, no AGORA. E isto é a coisa mais importante que existe.

Nada acontece senão no AGORA. Mesmo as coisas do passado acontecem no AGORA; e tudo o que vai acontecer no futuro acontece no AGORA. Portanto, quem quer viver completamente o AGORA e não tem a mínima ideia de como fazer isso, deve entrar para o mundo da música.

Tocar um Instrumento Musical não permite que a sua mente viaje pelo tempo, não permite que você viva o passado ou que esteja no futuro. Tocar um Instrumento Musical faz com que você viva a plenitude do AGORA, usando as ferramentas do passado e a imaginação sábia do futuro.

Não é fantástico? Não é o que você estava procurando? Mesmo que as suas ideias musicais estejam voltadas aos acontecimentos do passado, ou seja, um sonho, um acontecimento, uma 'ferida', a música só consegue acontecer no AGORA.

Ela está aí: você, o seu instrumento, a sua inspiração, a sua REVELAÇÃO. E isto acontece no AGORA, no exato momento, no segundo fatal...

Então, o que é que você está esperando? Que eu pegue você pelos braços e o conduza para um teclado? Somente abro as portas.  Você entra!


Venha! Você vai gostar! Você vai se Revelar! Avante, no Agora, com Música! Avante!

______________________
*Amante da música desde o dia da sua concepção, no ano de 1961, Luiz Carlos Rigo Uhlik é especialista de produtos e Consultor em Trade marketing da Yamaha do Brasil., além de colunista nas Revistas Keyboard Brasil e Música & Mercado (  http://musicaemercado.org/ ).

 foto de Maurício Jelê