sexta-feira, 24 de junho de 2016

A caminhada musical e os desafios de Diogo Monzo

NUTRINDO UMA VERDADEIRA PAIXÃO PELO PIANO, O BRASILEIRO DIOGO MONZO VEM DESPONTANDO NO CENÁRIO MUNDIAL. TALENTOSO COMO PIANISTA, COMPOSITOR, ARRANJADOR E BAND LEADER, É COM ELE NOSSA MATÉRIA E ENTREVISTA EXCLUSIVAS DESTE MÊS!
* Por Heloísa Godoy Fagundes


Diogo Monzo é um jovem pianista, arranjador e compositor de reconhecimento internacional. Recentemente, além de ser selecionado entre os Top 5 na competição internacional “Made in New York Jazz Competition”, o que lhe rendeu a participação do Gala Concert, no Tribeca Performing Arts Center, Monzo foi escolhido um dos melhores instrumentistas de 2015 pela edição especial Melhores da Música Brasileira, do site Embrulhador, através de seu segundo trabalho “Meu Samba Parece Com Quê? ”. Aliás, neste belo CD, Monzo nos apresenta seis composições próprias e outras três de músicos como Tom Jobim e Newton Mendonça, Ernesto Nazareth e Nabor Nunes Filho. “Esse CD foi gravado em Brasília e é de trio (baixo, piano e bateria), exceto a primeira música, um quarteto com a participação do sax soprano”, explica o músico.

Monzo, que também já escreveu um livro intitulado “Hinos Tradicionais Sob Uma Nova Concepção” que acompanha um CD, atualmente cursa Mestrado em Música em Contexto na UNB (Universidade de Brasília). Nessa caminhada musical de muita dedicação e estudo, o músico nos concede uma entrevista entre idas e vindas representando o Brasil pelo mundo.

Trajetória... 

Diogo Monzo: “A música brasileira é muito rica e respeitada, 
muitos músicos brasileiros têm representado o Brasil pelo mundo 
e tornado a nossa música cada vez mais conhecida. Eu quero 

ser mais um”. 

Nascido em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, Diogo Monzo, 31 anos, despertou o interesse pela música aos 12. Começou a fazer aulas de percussão e canto na Escola de Música da Associação Batista Centro Sul Fluminense, sediada na Segunda Igreja Batista de Barra do Piraí, foi quando descobriu outro instrumento pelo qual nutriu uma verdadeira paixão: o piano. Diogo enfim, decidiu seguir a carreira de músico, sob a orientação do professor Rogério Toledo, dedicando-se totalmente ao  instrumento.

Atuando, durante quatro anos, como ministro de Música da Segunda Igreja Batista de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, obteve um crescimento musical de valor inestimável e realizou várias atividades: desenvolveu projetos com coros de todas as faixas etárias; fundou uma escola de artes; desenvolveu projetos sociais na área de música, em que atendeu mais de 200 crianças e suas famílias; solidificou a orquestra da igreja; e produziu musicais com mais de 300 pessoas atuando, entre músicos, atores e dançarinos.

Graduado em Piano Clássico pelo Centro Universitário Conservatório Brasileiro de Música – RJ, estudou com as professoras Maria Tereza Soares, Talita Peres e Maria Tereza Madeira. Diogo concluiu o curso com louvor, obtendo a nota máxima em sua prova final de piano. 

Após o término de seu curso de graduação, continuou a estudar. Apaixonado pela criação, aprofundou seus estudos de harmonia e improvisação no Centro Musical CIGAN – RJ. Monzo participou da Berklee On The Road – The Art of Improvisation, com oficinas em Songwriting, Arranging, e com o pianista Laszlo Gardony. Estudou improvisação e piano popular com os professores: Roberto Alves, Rafael Vernet, Cliff Korman e com o pianista e compositor  Jeff Gardner, autor de “Jazz Piano: Creative Concepts and Techniques” (ex professor da New York University).  


Tem se apresentado em diversas salas, auditórios, programas de televisão e festivais, tais como sala Baden Powell, Clube do Choro, Sala Cecília Meireles, auditório Lorenzo Fernandez, Sesc em Barra do Piraí, Festival vale do Café, Ipiabas Blues Jazz Festival, Auditório da Faculdade Batista do Rio de Janeiro, Sesc em Brasília, Festival Café Cachaça e Chorinho, Sala Thomas Jefferson em Brasília, Triboz RJ e no projeto “Série Mini Recitais” transmitido pela UnB TV, no programa “Músicas que Elevam” da Boa Vontade TV (Canal 20 da Sky, 212 na Oi TV), no programa Refrão na TV Câmara e no programa “Espaço Cultural” na Tv Senado. 

No final do ano passado fez a sua estreia na Europa, onde apresentou três concertos de piano solo na József Attila Culture Hall, Dorog City – Hungria, através do projeto “Faces of Brazilian Piano”, na Universidade de Aveiro, em Portugal e na Chiesa Battista di Roma Montesacro, na Itália. 

Diogo Monzo: "Participar do Gala Concert foi, para mim, uma oportunidade de representar o Brasil, a música brasileira e isso traz um sentimento muito bom. Me sinto orgulhoso de poder mostrar o bom trabalho que temos feito no País." 

Em maio passado, apresentou-se pela primeira vez nos EUA, mais precisamente em Nova York, no Tribeca Performing Arts Center pelo “Made in New York Jazz Competition”, junto com grandes nomes do jazz como Rufus Reid, Tommy Campbell, Philip Harper, Bobby Sanabria  e Randy Brecker.

Atualmente é mestrando do Programa de Pós-graduação em Música em Contexto, pela UNB (Universidade de Brasília), sob a orientação do professor Dr. Ricardo Dourado Freire.


"Eu tive o prazer de conhecer e ensinar o pianista Diogo Monzo em 2013 (eu era parte da delegação faculdade Berklee durante a nossa residência no Conservatório Musical Souza Lima). Fiquei muito 
satisfeito com os resultados do seu trabalho “Meu Samba Parece Com Quê?”. A gravação mostra o talento de Diogo como pianista, compositor, arranjador e band leader. Sua abordagem autêntica 
e original ao unir a rica tradição musical brasileira com o jazz moderno já demonstra um enorme sucesso." 
Laszlo Gardony – Professor de Piano da Berklee College of Music

"Diogo Monzo possui um 'feeling' e uma sofisticada técnica de música moderna com o swing e harmonia do gospel e uma sólida formação no piano erudito."
Jeff Gardner – Compositor, arrangador e pianista

DIOGO MONZO TRIO...

O novo trabalho de Diogo Monzo, intitulado “Meu Samba Parece Com Quê?” é realizado em trio (piano, contrabaixo e bateria) com dois grandes nomes da música instrumental brasileira, Di Stéffano e Bruno Rejan. Di Steffano, baterista, é reconhecido nacionalmente por artistas consagrados como João Donato e Dominguinhos, dentre outros. Gravou diversos CDs com trabalho autoral e participações com renomados artistas. Apresenta a versatilidade da bateria mostrando harmonias e melodias ao invés de intermináveis solos. Bruno Rejan, contrabaixista, arranjador e compositor, é mestre em Música. Acompanha artistas de projeção internacional em diversos estilos musicais. Desenvolve projeto instrumental com foco na MPB mesclada ao jazz contemporâneo. O Trio tem trabalhado na turnê “Meu Samba Parece Com Quê?”, onde Diogo Monzo faz sua estreia como compositor. Os músicos prepararam um novo repertório, escolhido com um olhar muito criterioso e após muita pesquisa. O Trio tem como objetivo divulgar, promover e expandir ainda mais a Música Brasileira. Por isso, esse novo repertório conta com todas as músicas do CD e, ainda, com músicas de compositores brasileiros consagrados, com a inclusão de ritmos da música brasileira: samba, bossa nova, baião, frevo, choro (chorinho) e o maracatu. 

Trabalhos... 
Diogo Monzo lançou seu primeiro trabalho em Dezembro de 2013. “Hinos tradicionais sob uma nova concepção” é um livro para piano. Uma releitura dos hinos tradicionais onde o músico recolheu melodias de grande significado para o povo evangélico, cantadas ao longo de gerações, ambientando-as numa linguagem harmônica sofisticada. Por consequência desta, Diogo gravou o seu primeiro Cd de piano solo, gravado ao vivo em um concerto empolgante e inspirador, em que ele improvisa sob as belíssimas melodias recolhidas nesse livro.

Em seu segundo disco, “Meu Samba Parece Com Quê?” Diogo divide a produção com Di Steffano e conta com a participação dos grandes músicos, Hamilton Pinheiro, Carlos Pial, Rodrigo Ursaia, Oswaldo Amorim e André Togni. Nesse trabalho, o pianista mostra suas excelentes versões para “Samba de uma nota só” (Tom Jobim e Newton Mendonça) e o choro “Escorregando” (Ernesto Nazareth), além de suas seis composições, com destaque para dois temas introspectivos, “Manhã” e “Branquinha”, com uma pitada de Bill Evans. 


Entrevista

Revista Keyboard Brasil – O que significa a música para você?
Diogo Monzo: Uma expressão de louvor e adoração a Deus. A música dá sentido para muitas questões em minha vida. Ela me permite ser eu mesmo, me expressar de uma maneira honesta e sincera, ela me ajuda a me compreender. Faz parte não só dos meus dias ou da minha rotina, faz parte de mim. E eu sempre penso na música como Movimento. Se fosse possível definir a música em uma palavra, eu usaria essa “Movimento”. 

Revista Keyboard Brasil – Fale um pouco sobre a música na sua família; seus avós, seus pais eram músicos? 
Diogo Monzo: Na minha família alguns dos meus familiares tocam instrumentos, cantam, mas nenhum seguiu carreira de músico. Minha avó por parte de pai tocava piano, a música sempre foi um hobby. O único a escolher a música como profissão até agora fui eu. Eu conheci a música popular brasileira através da minha mãe. Minha mãe não é musicista, mas me apresentou e me fez conhecer grandes nomes da nossa música, como: Gonzaguinha, Elis Regina, Tom Jobim e muitos outros. O ambiente em que eu cresci sempre foi muito musical, ouvia-se muita música e isso me despertou para buscar conhecer a música em geral.

Revista Keyboard Brasil – Como foi seu começo na música e por que você escolheu o piano como principal instrumento?
Diogo Monzo: Eu comecei aos meus 12 anos, ouvindo música de diferentes estilos e pesquisando muito. Naquela época, não era fácil conseguir acesso à música, não existia a facilidade da internet. Me lembro do meu tio Rui me dando a coleção dele de música clássica por exemplo. Você precisava ir atrás dos cds ou discos, não era como hoje, que você encontra na internet. Eu gostava muito de tocar percussão, em especial, o pandeiro. Porém, com a minha curiosidade e vontade de ser músico eu comecei a tocar violão e um pouco de teclado sozinho. Aos meus 15 para 16 anos decidi, então, estudar música com um professor em uma escola de música. Fui estudar canto e acabei estudando piano na escola da Associação Batista Sul Fluminense que ficava localizada na Segunda Igreja Batista de Barra do Piraí. Lá eu conheci o professor Rogério Toledo, o qual foi o meu primeiro professor de piano. Rogério me deu aula de graça até eu ingressar no curso de bacharel em piano no Centro Universitário Conservatório Brasileiro de Música, onde eu me formei em piano erudito.

Revista Keyboard Brasil – Quais foram os pianistas que mais influenciaram sua maneira de tocar o piano?
Diogo Monzo: Sem dúvida, as minhas maiores influências foram os meus professores e, talvez, não há quem mais influenciou, porém grandes influências vieram à partir do ouvir, são elas: Nelson Freire, Martha Argerich, Luis Eça, Keith Jarrett, André Mehmari, Gonzalo Rubalcaba, Fábio Torres, Chick Corea, Rafael Vernet, Herbie Hancock, Egberto Gismonti entre outros. Penso que conforme surgem novas descobertas, surgem com elas novas influências.

Revista Keyboard Brasil – Como é sua rotina de estudos? Você pratica todos os dias?
Diogo Monzo: Minha rotina é de 4 horas por dia. Eu estudo de segunda à sexta.

Revista Keyboard Brasil – Em sua opinião, o que caracteriza um excelente pianista?
Diogo Monzo: Alguém que trabalhe para música, não para você mesmo, que consiga ser um agente de transformação por meio da arte. 

Revista Keyboard Brasil – Pode-se dizer que o Brasil é uma terra de excelentes pianistas. Como você avalia nossa formação universitária na atualidade?
Diogo Monzo: Sim. O Brasil é uma terra de excelentes pianistas. A nossa formação universitária não é perfeita, muito já melhorou, mas há muito trabalho ainda pela frente, muito a melhorar. Porém, eu penso que temos uma boa formação, há bons professores dando aula e boas Universidades.

Revista Keyboard Brasil – Você escreveu um livro intitulado “Hinos Tradicionais Sob Uma Nova Concepção” que acompanha um CD. Fale sobre esse trabalho. 
Diogo Monzo: “Hinos tradicionais sob uma nova concepção” é um livro para piano. É a releitura de hinos cantados por várias gerações em Igrejas protestantes. Eles são constituídos de belíssimas melodias e letras bem fundamentadas na Bíblia. Eles serviram e servem de inspiração, motivação, encorajamento para muitos cristãos. Eles eternizaram muitos momentos da  história cristã protestante. Talvez alguém me pergunte se o intuito desse livro é resgatar os hinos. Minha resposta seria não. Não podemos resgatar algo que não se perdeu! Os hinos são uma herança deixada para música sacra de um valor inestimável, que a enriquece. A diferença do livro para o cd é que o livro é constituído de arranjos para piano. O cd, apesar de ter pedaços relacionados a esses arranjos, não são idênticos. No cd, o meu foco foi a improvisação.

Revista Keyboard Brasil – Sobre seu trabalho mais recente e muito elogiado “Meu Samba Parece Com Quê?” você foi escolhido um dos melhores instrumentistas de 2015 pela edição especial Melhores da Música Brasileira, sendo um dos participantes na audição, concorrendo ao Prêmio da Música Brasileira 2016. Gostaríamos de saber: como surgiu a ideia e como foi o processo de composição de suas músicas (das 9 músicas que compõem o CD, 6 são autorais) ?  
Diogo Monzo: A ideia surgiu em 2012 com a minha mudança para Brasília. Morando aqui em Brasília e convivendo com os músicos e com a música produzida aqui, que aliás é muito boa, eu fiquei com muita vontade de gravar um cd com os músicos que moram na cidade. A gravação começou em 2013 no estúdio do meu amigo André Togni, o antigo “Beco da Coruja”, lugar onde todo o cd foi gravado. A ideia principal do cd foi a liberdade de criação, os temas foram compostos pensando nisso. Eles são bem pequenos, possibilitando solos maiores. Os músicos tiveram total liberdade para criar e colocar a sua linguagem no cd. Eu comecei a partir das músicas que eu já tinha composto, e dessas escolhi apenas duas, “Segredos” e “Meu Samba Parece Com Quê” que veio a ser o nome do Cd e foi composta em 2006 depois de ouvir a música “Got a Match?” do Chick Corea. Essa mudança para Brasília representava um novo momento para mim, como é normal em toda mudança. Sendo assim, eu decidi compor três músicas aqui: “Manhã”, “Branquinha” e “A Chama”, que registram um pouco sobre essa nova fase que iniciei aqui e, ainda, “Song For Fran”, que fiz para a minha esposa.

Revista Keyboard Brasil – Sendo um músico independente, como foi o processo de produção de “Meu Samba Parece Com Quê?” e a escolha dos músicos que te acompanham neste trabalho?
Diogo Monzo: O cd levou um ano para ser gravado e não teve apoio de leis de incentivo. Por isso, todo o processo foi mais lento. Porém, apesar das dificuldades foi muito bom e prazeroso, eu e todos os envolvidos nos divertimos muito. Os períodos de gravação foram muito bons, os músicos estavam muito à vontade e tudo foi muito leve. Em diversos momentos ficamos surpresos tendo nossas expectativas superadas. Aos poucos, eu fui me inserindo na cena musical de Brasília onde conheci os músicos Di Steffano, Hamilton Pinheiro, André Togni, Carlos Pial e Oswaldo Amorim, que gravaram no Cd. O Cd ainda contou com a participação do Rodrigo Ursaia, o único dos músicos que não mora nessa cidade.

Revista Keyboard Brasil – Você ficou entre os Top 5 no Made in New York jazz competition, o que lhe rendeu a participação no Gala Concert. Como foi para você participar dessa competição internacional?
Diogo Monzo: O fato de você estar entre os melhores de uma competição internacional é importante! Faz você se ver em uma outra perspectiva, não tão distante dos outros músicos do mundo. Muitas vezes, não observamos ou mesmo paramos para pensar o quanto já crescemos como músico, como artista e o quanto ainda precisamos melhorar. A caminhada musical não tem fim; sempre  há um novo desafio. Foi uma oportunidade de representar o Brasil, a música brasileira e isso traz um sentimento muito bom. Me sinto orgulhoso de poder mostrar o bom trabalho que temos feito no País. A música brasileira é muito rica e respeitada, muitos músicos brasileiros têm representado o Brasil pelo mundo e tornado a nossa música cada vez mais conhecida. Eu quero ser mais um. No Gala Concert eu toquei músicas com músicos de Jazz consagrados e respeitados em todo o mundo, convidados pela produção do evento. Foi uma oportunidade que me trouxe um enorme crescimento como músico e ampliou a minha visão me trouxe uma outra perspectiva de como trabalhar com música. Me abriu novas portas e oportunidades.

Revista Keyboard Brasil – Quais são seus próximos projetos?
Diogo Monzo: Estou terminando de gravar agora em Julho um cd em trio com músicas de “Luis Eça”. Esse trabalho é uma homenagem a esse grande músico brasileiro e faz parte do meu trabalho final de Mestrado, onde eu pesquiso o Luizinho. Termino também em Outubro o cd de piano solo que comecei a gravar ano passado. De 15 a 20 de Agosto participo do Imesur, no Chile, como parte da turnê “Meu Samba Parece Com Quê?”. Em Dezembro faço uma segunda turnê pela Europa com o projeto “Faces of Brazilian piano”.

Revista Keyboard Brasil – Muito obrigada pela entrevista e sucesso sempre!
Diogo Monzo: Eu que agradeço por essa fantástica oportunidade concedida por vocês. Parabéns pelo brilhante trabalho que tem sido feito pela revista. Vida longa a Keyboard Brasil.





SAIBA MAIS SOBRE DIOGO MONZO:








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* Heloísa Godoy Fagundes é pesquisadora, ghost writer e esportista. Amante da boa música, está há 10 anos no mercado musical de revistas. Já trabalhou na extinta Revista Weril e atualmente é publisher e uma das idealizadoras da Revista Keyboard Brasil.










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