quinta-feira, 28 de abril de 2016

CRIE UMA NECESSIDADE...

POR QUE NÓS, BRASILEIROS, NÃO LEVAMOS A SÉRIO AS NOSSAS NECESSIDADES, A NOSSA CRIATIVIDADE, A NOSSA MUSICALIDADE? PIOR, POR QUE NÓS, BRASILEIROS, NÃO CRIAMOS NECESSIDADES PARA AQUILO QUE NOS É COMUM, FÁCIL E DERRADEIRO? DÊ SUAS SUGESTÕES!


* Por Luiz Carlos Rigo Uhlik 


Muito pouco aprendi nas Faculdades que frequentei. Entretanto, uma frase que ouvi durante minha aventura universitária me impressiona até hoje:  “Crie uma necessidade e você terá o mundo nas mãos” (FAE - Faculdade de Administração e Economia de Curitiba). Espetáculo!

Vejo todos os segmentos do mercado que estão no topo ou em ascensão, aplicarem esta simples regra: criar necessidade

Hoje, temos necessidade de um bom celular, de uma casa confortável, de móveis confortáveis, de televisão com telas espetaculares, de internet rápida, de viagens ao exterior, de aliança de compromisso, de automóveis com air bag, de comida vegana, de tablet, de...

E de música? Que necessidade temos de Música? (Não me venha com o “papinho”, essa conversa mole de que sem música você não vive. Você dá aulas, faz shows, toca em diversos eventos e PRECISA da música para sobreviver. Estou falando das pessoas que nem sabem da sua rotina musical.) 

Aliás, o que é que está acontecendo com a Música? A resposta está exatamente no que aprendi na Faculdade de Administração: não estamos criando necessidade de Música. Os colegas, o setor, o meio musical, todos, sem exceção não estão gerando demanda simplesmente porque está dividido, confuso, sem foco, sem regras, sem nada.

O jogo do bicho é talvez a mais espetacular forma de aposta do mundo. Entretanto, nasceu no Brasil e virou marginal. Se tivesse nascido nos Estados Unidos, haveria uma nova Las Vegas, com um sistema de jogo fantástico e surpreendente.

Por que nós, brasileiros, não levamos a sério as nossas necessidades, a nossa criatividade, a nossa musicalidade? Pior, por que nós, brasileiros, não criamos necessidades para aquilo que nos é comum, fácil e derradeiro?

REPARE: Que fim deu o nosso folclore? Onde está a nossa música? Onde estão os regionais, o chorinho, o vanerão, o xote, a toada, o cururu, Lupicínio Rodrigues, Chiquinha Gonzaga, Tom, Herivelto?...

Cadê o interesse pelas maravilhas naturais, pelos excepcionais pontos turísticos que pululam neste país abençoado? Como permitimos um descaso tão aterrador para a Música? Claro que este é um fenômeno mundial e que as pessoas, no mundo inteiro, estão se desinteressando pela música e, principalmente, pela vontade de tocar um instrumento musical. O que as pessoas querem é o que faz bem ao Ego. E, fazer bem ao Ego É UMA NECESSIDADE criada pela mídia. Só isso. Nada mais. Como a música não está mais fazendo bem ao Ego e não é uma necessidade (tampouco criou-se essa necessidade), ela está definhando, em todos os sentidos.

Portanto, ou nos unimos de forma concreta e derradeira, ou vamos colher os frutos do caos; exatamente como está acontecendo com as Lojas de Instrumentos Musicais e as Academias, Escolas e Conservatórios por esse Brasil afora. 

Você não está acreditando no que digo? Então, vamos lá! 
–Escola de Música: quantas delas tem, no elenco dos seus instrumentos, um tamborim, que é o nosso mais típico e espetacular instrumento de percussão?
–Lojas de Instrumentos: qual loja você conhece que lhe convidou para um sarau, um pequeno concerto (que não seja workshop para vender), chá, café ou coisa que o valha só para “conviver” com os Instrumentos Musicais da Loja?

Vamos mudar o rumo da Música? Vamos CRIAR NECESSIDADE PARA A MÚSICA? Venha para esta jornada e traga as suas sugestões... 

Se queremos sucesso, regra número 1: “crie uma necessidade e você terá o mundo nas mãos... ”
Avante!
_______________________
Luiz Carlos Rigo Uhlik é amante da música desde o dia da sua concepção, no ano de 1961, é especialista de produtos e Consultor em Trade Marketing da Yamaha do Brasil. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário