terça-feira, 25 de outubro de 2016

HOME  STUDIO OUTROS EQUIPAMENTOS

COMPUTADORES, INTERFACES DE ÁUDIO, MICROFONES, MONITORES... NAS ÚLTIMAS COLUNAS PUDEMOS CONHECER UM POUCO MELHOR ESTES EQUIPAMENTOS. MAS EXISTEM MUITOS OUTROS QUE OS PROPRIETÁRIOS DE HOME STUDIOS PODERÃO UTILIZAR EM SUAS PRODUÇÕES. NA COLUNA DE HOJE, VEREMOS INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE ALGUNS DELES.

 * Por Murilo Muraah 

FONES DE OUVIDO
Existem  diferentes  tipos  de  fones  de  ouvido  para  uso  no  estúdio  e  ressalto  aqui  a importância de escolher o tipo correto para cada situação. Os fones de ouvido profissionais para estúdio costumam ser circumaurais (também chamados de over-ear) e são abertos, semi-abertos ou fechados. A parte que fica atrás dos alto-falantes dos fones, mais fechada ou mais aberta, é que determina essa classificação.

Em geral, os fones de ouvido fechados são utilizados pelos músicos durante a gravação, pois ajudam a minimizar o vazamento do som dos fones nos microfones. Já durante a mixagem, precisamos de fones de ouvido com resposta de frequência transparente, com boa resposta de graves, boa extensão de agudos e bastante confortáveis, pois provavelmente passaremos horas e horas com eles durante nossas produções. Por isso, fones abertos costumam ser a melhor escolha durante a mixagem.

Em home studios, onde a acústica da sala costuma ser muito problemática, fones de ouvido de qualidade são fundamentais no momento da mixagem. É muito comum vermos home studios que contam apenas com fones de ouvido, não possuindo monitores de referência.

Lembre-se de não utilizar os fones de ouvido com volume muito alto e de fazer uma pausa de cerca de 10 minutos a cada hora de uso dos fones.

CONTROLADORES MIDI
Equipamentos que utilizam o protocolo MIDI para controlar instrumentos virtuais, plugins e diferentes funções dos softwares de produção musical. Podem conter teclados, pads, faders, knobs, botões diversos e outras formas de controlar uma variedade imensa de parâmetros. O uso de controladores MIDI com samplers e sintetizadores vai muito além do simples controle de quais notas estão sendo tocadas e com qual intensidade - o próprio processo criativo musical atual é bastante influenciado pelo desenho dos timbres e de inúmeras possibilidades de execução sonora oferecidos por estas tecnologias. 

APC40 mkII, controladora da Akai para Ableton Live.


INTERFACES MIDI
Permitem conectar diferentes equipamentos MIDI ao seu computador. Algumas interfaces de  áudio  já  contêm  interfaces  MIDI  embutidas  e  muitos  controladores  MIDI atualmente dispensam a necessidade de uma inter-face MIDI, pois podem ser conectados diretamente ao computador, geralmente a partir de uma porta USB. 

MESAS DE SOM
Podem ser analógicas, digitais ou híbridas. As mesas de som digitais ou híbridas podem conter interfaces de áudio embutidas, ou mesmo funcionar como controladoras MIDI através de faders motorizados, knobs e botões inteligentes, permitindo sua completa integração com o computador para operação do seu software de produção musical.

Em home studios de pequeno porte, não é incomum a utilização de uma interface de áudio com apenas duas entradas para a gravação em tempo real de múltiplos canais. Isso é possível graças  ao  uso  de  uma  mesa  de  som  que  possibilitará  a  mixagem  dos múltiplos  canais  e fornecerá apenas uma saída estéreo a ser gravada pela interface. Nesses casos, é importante lembrar que a mixagem dos instrumentos deve ser feita na mesa de som durante a gravação, pois os instrumentos não ficarão disponíveis individualmente para edição e mixagem no software - apenas o arquivo estéreo já com a mixagem feita na mesa.

Da mesma forma, é muito comum encontrarmos home studios que sequer contam com mesas de som. Isso é possível pois a gravação dos instrumentos pode ser feita diretamente pela interface de áudio e a mixagem pode ser realizada no software.

DI
Um DI, também chamado de Direct Box, permite realizar o balanceamento de sinal, minimizando os ruídos induzidos por interferências eletromagnéticas no cabo, além de realizar a conversão de impedância, permitindo ligar equipamentos com alta impedância de saída em entradas de microfone  de  baixa  impedância.  Por  exemplo:  se  quisermos ligar uma guitarra diretamente em nossa interface de áudio, precisaremos utilizar um DI. Fique atento: algumas interfaces já possuem entradas específicas para instrumentos de alta impedância, dispensando o uso de um DI externo.

DSP

Pré-amplificadores, equalizadores, processadores  de  dinâmica  (compressores,  gates, limiters, expanders, etc.), reverbs, delays, chorus e tantos outros processadores de efeitos... 

Hoje estamos acostumados a encontrar uma grande variedade de plugins de áudio diretamente em nossos softwares ou através de diversas empresas fabricantes de plugins. O limite de uso destes plugins geralmente será dado pela capacidade de processamento do nosso computador.

Um DSP (Digital Signal Processor) é um hardware que permite processar plugins fora do computador, economizando o processamento do computador. Existem também interfaces de áudio que já contam com DSPs embutidos, como as da série Apollo, da Universal Audio. 
Apollo Twin, interface de áudio 
com DSP da Universal Audio. 

PERIFÉRICOS (HARDWARE)
É  importante  sabermos  que  muitos  plugins  que  usamos  hoje  são  inspirados  nos equipamentos hardware que eram amplamente utilizados antes que essa tecnologia se tornasse disponível. Isso quando não são cópias (muitas vezes autorizadas) de equipamentos clássicos! Mas apesar da ótima qualidade de muitos destes plugins, os equipamentos hardware não deixaram de ser utilizados nem se tornaram obsoletos.

CABOS DE AUDIO
Muitas vezes subestimados, os cabos de áudio são extremamente importantes para a qualidade do seu sistema. Por isso, tenha à disposição cabos de qualidade não apenas para ligar seus monitores, mas também bons cabos de microfone, de instrumentos e para ligar qualquer equipamento durante suas produções. 
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*Murilo Muraah é Bacharel em Comunicação Social pela FAAP e proprietário da Muraah Produções, onde atua como professor de áudio analógico e digital, produtor musical, compositor de trilhas sonoras e músico. É também supervisor dos cinco estúdios de gravação e mixagem das Fábricas de Cultura das zonas norte e sul de São Paulo além de colaborador da Revista Keyboard Brasil.












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